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POLÊMICA. Estudantes defendem professor que teria dito frase preconceituosa em sala da aula da PUC/RS

O outro lado: estudantes colocaram até bigode para “imitar” professor, demonstrando apoio
O outro lado: estudantes colocaram até bigode para “imitar” professor, demonstrando apoio

É um forrobodó de bom tamanho, esse. Tem a questão da frase (“as leis, assim como as mulheres, foram feitas para serem violadas”) em si, de resto claramente preconceituosa – seja qual for o contexto em que seja dita, se foi. Há o envolvimento de representantes politicos e, também, do movimento estudantil. Tudo isso na PUC da capital.

O ingrediente novo, se é que se pode dizer assim, é a defesa do professor, feita por alunos dele, de hoje ou de ontem, e que é registrado em material originalmente publicado no jornal eletrônico Sul21. Que conta, também, todos os outros lados (e são vários) dessa história, como você pode conferir na reportagem de  Débora Fogliato. A foto é do Feicebuqui. Acompanhe:

Após causar revolta, professor recebe aplausos nos corredores da PUCRS

Estudantes e egressos do curso de Direito da PUCRS se manifestaram, presencialmente e por meio de notas, em defesa do professor Fábio de Melo Azambuja, alvo de críticas desde a quarta-feira (22), quando teria dito em aula que “as leis, assim como as mulheres, foram feitas para serem violadas”. A fala, feita em tom de piada, segundo testemunhas, foi amplamente divulgada nas redes sociais.

Enquanto as críticas ao professor cresciam, partindo tanto de alunos e ex-alunos quanto de grupos feministas, de direitos humanos e de políticos – como a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), que disse em sua página no Facebook ter enviado uma solicitação de providência ao reitor da Universidade -, alguns optaram por defendê-lo. “O professor sempre foi muito cordial dentro da sala de aula, sempre abriu espaço para todos que quisessem expor suas ideias”, garantiu ao Sul21 Isabel Danieli Nardão Siciliana, aluna de Azambuja por dois semestres, que concluiu o curso em janeiro deste ano.

A estudante Júlia Pinto Loureiro, do oitavo semestre do curso, explica que busca defender não a fala do professor, mas o próprio docente. “Conhecemos ele, sabemos que ele age dessa maneira, conta piadas na aula. Além disso, essa fala não é dele, ele estava dando aula e simplesmente citou um caso que aconteceu na Espanha, um político espanhol que falou isso. A pessoa que propagou a informação não deveria estar prestando atenção na aula”, afirmou a aluna.

Os universitários criaram ainda a hashtag #somostodosazambuja para se manifestar a favor do professor. Um ato foi realizado na manhã desta sexta-feira (24) na Faculdade de Direito, quando estudantes vestidos de preto aplaudiram Azambuja na chegada ao prédio. “Esperamos o horário dele ir para a sala dele, quando ele chegou batemos palma, dissemos que estávamos com ele e ele tinha ajuda para se explicar, que jamais desejamos o desligamento dele. Até por ser uma pessoa de idade, que dá aula aqui há 40 anos”, contou Júlia.

Ela relata que tem ouvido muitas críticas por parte de outros estudantes que acusam os que defenderam Azambuja de serem machistas, mas reitera que isto não é verdade. “A nossa defesa não era dessa fala, mas dele como professor. Ele não teve chance de se explicar em nenhum momento, teve seu nome exposto e carreira manchada ao ser tachado como machista e a questão como apologia ao estupro”, afirmou, destacando que a maioria dos presentes no ato de apoio eram mulheres.

Já Isabel, que não pode comparecer ao ato, redigiu uma carta em apoio ao professor, que divulgou no Facebook e irá encaminhar à diretoria da universidade, em que se coloca contra qualquer atitude que “vise a promoção de discurso de ódio, seja pelo machismo, racismo, homofobia ou qualquer outra forma de discriminação”. Entretanto, reconhece que “seres humanos estão sujeitos a erros e a cometer deslizes, bem como a praticar atos impensados”.

Para Isabel e outros estudantes que assinam a nota, o professor está sendo “demonizado sem qualquer possibilidade de defesa”. “Importante salientar que temos a plena confiança de que ao proferir os dizeres que originaram esta polêmica, este professor jamais teria por objetivo fazer apologia a qualquer espécie de violência contra mulher, seja psicológica ou física. (…) Assim demonstramos contrariedade aos que defendem seu desligamento do corpo docente de professores da faculdade de Direito PUCRS”, afirma o texto…”

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Um Comentário

  1. Quem faz nada procura pelo em ovo para se promover.
    Ministério do trabalho espanhol tem um órgão que trata dos interesses dos cidadãos daquele país no exterior. O presidente do conselho, José Manuel Castelao Bragaño, renunciou em 2012 por ter declarado que "Las leyes son como las mujeres, están para violarlas".
    E a dúvida que fica é a seguinte: tem um pessoal que aparentemente gosta muito de jornalismo, então, por que não tratam de aprender?

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