A Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM divulgou agora há pouco nota com a manifestação do reitor Paulo Burmann, acerca de série de reportagens publicadas, no Rio Grande do Sul, pelos jornais do Grupo RBS, inclusive o Diário de Santa Maria. Acompanhe, na íntegra, sem juizo de mérito deste editor:
“Reitor da UFSM esclarece questões sobre denúncia de professores
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), juntamente com outras Instituições de Ensino Superior (IES) Públicas foi pauta articulada nos últimos dias por diversos veículos de comunicação. No caso da UFSM, o foco foi a denúncia de professores do curso de Odontologia, pelo Ministério Público Federal e pela Justiça Federal. O reitor, Paulo Afonso Burmann, esclarece algumas questões sobre esse “caso requentado”, no que se refere à Instituição.
“Inicialmente quero afirmar que frases extraídas de um contexto de uma entrevista de quase 10 minutos não traduzem a verdade. Apesar de ser favorável à apuração de toda e qualquer irregularidade no âmbito do serviço público, entendo que a exposição pública de nomes que estão sendo investigados e ainda não foram julgados pode resultar em injustiças e danos irreparáveis – temos exemplos muito recentes de reputações acadêmicas, pessoais e familiares de histórias de dedicação à UFSM, que foram destruídas para depois vir a absolvição; quem vai reparar estes danos?”, ressalta o reitor.
O processo em “debate” remete a uma denúncia, ocorrida em 2012, que já foi apurada no âmbito da UFSM através de Processos Administrativos Disciplinares (PADs), conforme determina a Legislação. “O que temos agora, diante da recorrência do tema, é um processo no âmbito do Ministério Público Federal e da Justiça Federal”, esclarece Burmann, que complementa: “por outro lado, entre tantas manifestações negativas sobre o tema, se faz justo e adequado destacar os aspectos positivos. A Odontologia da UFSM, pela qualidade comprometimento e superação de sua equipe contabiliza, ano a ano, significativos avanços. Ela trabalha com uma relação estudante/servidor das menos favoráveis entre seus pares nacionais e, ainda assim, constitui-se em referência nacional na graduação, uma vez que são 70 formandos por ano, enquanto que na pós-graduação, Mestrado e Doutorado, são em média 30 por ano. A Odonto da UFSM participa ativamente das políticas públicas de saúde bucal e faz um atendimento qualificado direto à população nos seus ambulatórios, em quase todas as especialidades, na ordem de 1.700 procedimentos mensais”.
Com relação ao fato de, na época da denúncia (2012), Burmann ser diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), centro de ensino que abriga o curso de Odontologia, ele afirma que a informação chegou à Direção do Centro, extraoficialmente. “Suponho que tenha acontecido desta forma em função da estrutura administrativa e acadêmica da UFSM, que estabelece a relação dos docentes diretamente com o Departamento a que pertencem. O reitor enfatiza ainda que, a título de esclarecimento, a estrutura administrativa da Odontologia da UFSM é constituída pelos Departamentos e pela Coordenação do Curso – ambos respondem à Direção do Centro. No entanto, segundo ele, o controle do regime de trabalho cabe ao Departamento, ao qual os docentes respondem. Mesmo assim tomamos algumas providências na direção de preservar as pessoas e a instituição, contribuir com a elucidação do fatos e tranquilizar a comunidade”, destaca o reitor.
Paulo Burmann conta que na época (2012), a Reitoria da UFSM determinou abertura de Processos Administrativos Disciplinares, cujos relatórios definiram as penalidades individuais (2013). Após essas definições, o Ministério Público Federal ofereceu a denúncia à Justiça Federal, onde o processo tramita atualmente.
Conforme o reitor, as medidas cabíveis à UFSM já foram tomadas. “Os servidores responsabilizados ajustaram seus regimes de trabalho e cumpriram ou estão cumprindo as penalidades impostas. Portanto, antes de fomentar a discórdia e a difamação, este é o momento de retomar a normalidade, respeitar as decisões tomadas, destacar os aspectos positivos e proporcionar o ambiente adequado para que as atividades acadêmicas sigam o seu curso da qualidade no ensino, na pesquisa e na extensão, característica da Odontologia da UFSM. A quem interessa o contrário?”, finaliza Burmann.”
Para os queridos odontólogos que estão defendendo os professores, vamos ser frios e realizar uma análise estatística sobre a produção científica de cada docente, usando uma ferramenta disponibilizada pela própria UFSM ( site.ufsm.br/lattes ).
Analisei brevemente os currículos de 2 professores (Jamal e Carlos Bazaglia) e entre 2006-2010 por exemplo, ambos os professores publicaram 1 artigo por ano…
Quer dizer, um doutor, com dedicação exclusiva, publicando 1 artigo por ano… E ainda em conferências locais (salvo exceção de um A2 em 2009, o resto são b3, b4 e sem qualis)…
http://200.18.32.173/cvs//K4798511P92000202041/PB-0.html e http://200.18.32.173/cvs//K4782041Y12000202041/PB-0.html pra quem dúvida…
@ Brando.
Mandou bem.
Pontual e verdadeira, tua colocação.
"Uma coisa é uma coisa, Outra coisa é outra coisa."
Simples
Queria ver é servidor técnico matando o ponto eletrônico pra trabalhar em outra coisa dizendo que "não sabia de nada"… o bafafá que iria dar.
Curso de odontologia não está em questão. Logo, o número de alunos formados, qualidade,etc. não vêm ao caso.
Instâncias administrativa, civil e criminal são independentes.
Classificação que o judiciário vai dar ao acontecido não interessa. A questão é: professores com dedicação exclusiva (acho que não é necessário discutir o que significa) tinham ou não atividades que não deveriam ter? Sim ou não?
O nobre reitor falou e não disse nada, poderia ao menos informar o resultado dos processos administrativos, ou melhor, é desnecessário consigo imaginar o resultado final… tanto que resultou em oferecimento de denúncia que foi aceita pela Justiça federal.É recorrente esse tratamento dado a coisa pública. o Deixar claro …! é o que penso.
Quer dizer que o fato de professores assinarem um documento se comprometendo a cumprir a Dedicação Exclusiva (DE), e não a cumprirem, auferindo recursos maiores no setor privado do que no local onde deveriam ter "exclusividade" é um problema menor que não deveria preocupar a imprensa? Bom lembrar que quem levantou a questão foi o MPF e essas pessoas, uma parte delas ao menos, foi condenada por essa prática, descrita na matéria de Zero Hora como "estelionato". Aliás, alguém processo o jornal por usar esse termo? Estranha a postura do reitor criticando a imprensa. Tem cara de discurso corporativo, mas que esquece que ao gestor público cabe, em primeiro lugar, defender a "legalidade" acima de tudo.
Lamentável a situação vivida na UFSM. Infelizmente observamos várias formas de corrupção, inclusive bem próximas a nós, e não somente em Brasília e seus arredores. No entanto, como reitor Burmann disse, é preciso cautela da mídia no que diz respeito à exposição indiscriminada dos suspeitos, sob pena de incorrermos em graves injustiças. Mas que as investigações identifiquem os culpados e estes sejam devidamente punidos.
ponto biométrico, dedicação exclusiva, câmeras de segurança. Airton que o diga.
"Mesmo assim tomamos algumas providências na direção de preservar as pessoas e a instituição, contribuir com a elucidação do fatos e tranquilizar a comunidade.''
A comunidade..( O Editor, o Brando, o aranhanegra) gostariam de saber, que os impostos que pagam, estão sendo bem gerenciados.
O ponto Biometrico e a Dedicação exclusiva, trariam melhor transparência, para a UFSM.
foram falcatruas e não aconteceu nada e nem vai acontecer.lamentável a corrupção institucionalizada no brasil. brasil .lamentável