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2016. Santa Maria já tem quase 202 mil eleitores. E a possibilidade de segundo turno estimula candidaturas

Eleição de 2012. Pode ter sido a última em que não houve chance de segundo turno
Eleição de 2012. Pode ter sido a última em que não houve chance de segundo turno

Não é de graça que partidos como o PDT, para ficar no exemplo maior, que desempenharam papel de coadjuvantes nos últimos pleitos municipais, agora imaginam a chance de viabilizar uma candidatura prefeito e, até, avançar para um segundo turno. Ou, na pior das hipóteses, se agrandar como parceiro preferencial na rodada final da eleição.

A razão é essa mesma: a cidade caminha celeremente para a possibilidade de um segundo turno, se um candidato não obtiver 50% mais um dos votos válidos (todos, exceto nulos, brancos e abstenções). Afinal, sem recadastramento eleitoral, já descartado para Santa Maria antes do pleito, foi furada de forma consistente a barreira dos 200 mil eleitores.

Conforme dados atualizados do Tribunal Superior Eleitoral, no final de abril, computadas as três zonas eleitorais do municípios, há 201.952 eleitores alistados. Esse número, mantendo o crescimento meramente vegetativo, poderá chegar mesmo aos 204 mil até maio do próximo ano, quando se esgota o prazo para quem desejar votar em 2016.

Assim é que, olhando o cenário atual, é possível vislumbrar até mesmo quatro candidaturas que vão ambicionar um lugar no eventual (provável?) segundo turno. Há dois claramente favoritos. No caso, o nome a ser apresentado pelo PSDB, Jorge Pozzobom (ainda que ele negue, o que é natural) e o candidato do PT, muito possivelmente Valdeci Oliveira.

Mas há a certeza de que o PMDB, não obstante o anunciado apoio de Cezar Schirmer ao pepista José Farret, seu vice, também se apresentará à disputa. Seria inimaginável, e inédito, que o partido do governo não tenha um nome para tentar manter-se no poder.

Da mesma forma, ao que tudo indica, o PDT também virá à luta eleitoral. Claramente machucado pela inviabilidade (depois de estar tudo praticamente acertado, do ponto de vista do pedetismo) da chegada de Fabiano Pereira, o partido afirma a pré-candidatura de Marcelo Bisogno e a disposição de negociar apoios entre outras siglas, além de colocar publicamente a possibilidade de um conhecido empresário da cidade ser o seu vice.

Quer dizer, objetivamente, que o pleito será disputado por pelo menos cinco candidatos, considerando-se que a esquerda-esquerda (PSOL, PSTU, PCB) terá um representante. Isso, claro, hoje, faltando ainda 16 meses e meio para o pleito e, sobretudo, a três meses da fixação das regras que vão vigorar em 2016.

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