EXTRA. Buzatto, e é o direito do acusado, tenta oferecer explicações para o que disse a Feijó
Terminou há instantes a entrevista coletiva de César Buzatto, ainda Chefe da Casa Civil do Governo do Estado. Ele procurou se defender – e não há outra palavra – do que disse ao vice-governador Paulo Afonso Feijó no dia 26 de maio, em conversa havida no gabinete do segundo.
Começou atacando de forma virulenta a Feijó que, além de gravar o papo (sem Buzatto saber) ainda o distribuiu, inclusive à Polícia Federal e à CPI do Detran – que se encarregou, junto com a RBS, que também recebeu uma cópia, de tornar público o conteúdo. Sobre isso, leia as notas que publiquei a partir das 5 da tarde.
No decorrer da entrevista – em que chamou Feijó de baixo, mau-caráter, golpista por ter armado uma situação – buscou justificar o que falou e foi gravado. Reafirmou que os grandes partidos (e todos os governadores assim agiram) usam as instituições, como o Detran e o Banrisul, para se financiar. Explicou a expressão se referindo ao percentual que cada ocupante de cargo de confiança devolve às siglas. E por aí foi, tentando justificar suas declarações agora públicas.
Não disse se sairá do governo, preferindo afirmar que vai pensar no final de semana e que não falou com a governadora a respeito e ela poderá fazer alguma coisa, inclusive num contexto mais amplo de estruturação do Executivo. É improvável, porém, para dizer o mínimo, que não tenha conversado com Yeda Crusius. Acredite quem quiser.
OPINIÃO CLAUDEMIRIANA: é evidente que a governadora Yeda Crusius terá que dar uma resposta a esta que é a maior crise política dos seus 18 meses no poder. A impressão que tenho é que cai meio governo, mesmo que não numericamente.
Explico: só a saída de Buzatto e Delson Martini (o desgastadíssimo Secretário Geral de Governo) já significa quase metade. A queda do Comandante da BM (leia notas anteriores) ajudaria bastante a aumentar o percentual. E terá que reparar pontes com o PP e o PMDB, os mais atingidos pelos golpes desferidos por Feijó.
Em qualquer circunstância, porém, e sejam quais forem as medidas adotadas por Yeda, não há dúvida: a situação política dela, a menos que algo extraordinário ocorra, é a de maior fragilidade em todo o período que está no comando do Palácio Piratini. Os passos seguintes da governadora é que determinarão o status que terá pelos próximos 30 meses.
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