CIDADE. Entidades empresariais sugerem mudanças no projeto do Plano de Mobilidade Urbana. Saiba quais
Mais uma reunião aconteceu hoje, entre as entidades empresariais e a Comissão Especial que, na Câmara de Vereadores, analisa o projeto do Plano Diretor de Mobilidade Urbana. A crítica principal, ao que parece, é quanto à transposição de um modelo europeu para Santa Maria, sem que se tenha noção das peculiaridades locais.
Nesse sentido, por exemplo, a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacism) se preocupa com a restrição aos veículos em zona mais central da cidade. E expôs suas razões, entre outras, no encontro de hoje e também em documento (confira o linque para a íntegra, lá embaixo desta nota) formalizado aos vereadores.
Para saber mais do encontro, do qual participaram também representantes de outras entidades, confira o material produzido e distribuído pela assessoria de imprensa da Cacism. O texto e a foto são de Marinna Sellmer. A seguir:
“Entidades e Comissão da Mobilidade Urbana se reúnem novamente
Na manhã desta segunda-feira, 4 de maio, entidades empresariais de Santa Maria estiveram novamente reunidas com a Comissão Especial da Câmara de Vereadores responsável pela análise do Plano Diretor de Mobilidade Urbana na sede da CACISM. A comissão tem como presidente o vereador Marcelo Bisogno, vice-presidente o vereador Werner Rempel e o relator, vereador Cezar Gehm. O primeiro encontro ocorreu no dia 23 de abril, onde houve a apresentação do trabalho da comissão para as lideranças.
Na pauta de hoje, as entidades apresentaram considerações e sugestões sobre o Plano Diretor de Mobilidade Urbana. A CACISM destacou que há outras prioridades a serem vistas, antes de pensar em retirar os carros do centro da cidade, como o plano aponta. A entidade também ressaltou a importância de não pensar apenas em questões pontuais, que terão seu tempo para discussão, mas em questões conceituais e diretrizes, buscando um consenso e uma ampliação na tomada de decisões. Assim, o plano terá efeitos duradouros e positivos para Santa Maria.
Entre outras questões, o Sindisama comentou a sua preocupação com uma mudança efetiva nos locais de carga e descarga no centro da cidade. Já o Sindigêneros apontou a atenção aos horários de carga e descarga, visto diretrizes do Plano Diretor de Mobilidade Urbana, e junto com o Sindisama, pediu maior fiscalização nos espaços que existem para este fim e são usados por particulares.”
PARA LER A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO DA CACISM, CLIQUE AQUI.
Credo! Esse documento esclarece bem o porque da estagnação de Santa Maria. Pelo jeito, meus bisnetos ainda ouvirão discussões sobre, por exemplo, qual a vocação da cidade. A parte do "não banho europeu" é risível. Vergonha alheia!
Os empresários de ônibus tem restrições com o tal de BRT que vai abocanhar muitos passageiros.
Até na minha Barão do Cotegipe os empresários são mais avançados. Credo, discurso da década de 60.
Depois eu que sou o reaça. Se depender dos "hábitos consolidados da população" (e dos empresários), nada muda.
A aldeia, num futuro imprevisível, deverá ter o tal BRT. Isto deve ter como resultado o que tentam evitar: parte do comércio vai ter que sair do centro. Bolsos serão afetados. Para resolver o problema do trânsito a cidade vai ter que se "descentralizar".
Uso de bicicletas não é costume porque não é incentivado. Joinville em SC chegou a ter uma bicicleta para quatro habitantes, 10% dos deslocamentos da cidade chegaram a ser feitos por este meio. Depois do incentivo a carros e motos do governo federal, a situação andou deteriorando. A cidade é bem mais plana do que SM, mas outras localidades por perto são mais ingremes e a bicicleta é muito usada.
"…tenha a necessidade de cuidar da higiene pessoal (banho), fato não tão relevante para o europeu." Europeus não têm costume de tomar banho? Depois eu que sou preconceituoso. Ninguém vai quebrar se instalar um chuveiro na loja.
Acidentes de trabalho, bom, com mais carros na rua maior a chance do empregado ser atropelado. O problema não é a bicicleta e sim o respeito com o ciclista.
"Alterações … devem ser tomadas (sic) com participação da sociedade." "…decisões passem pelo Fórum Técnico e pelo Conselho Superior…". As oligarquias da cidade não se emendam, querem dar um ar de "democrático" ao empastelamento do plano. Camara de Vereadores nem pensar. Não que o resultado fosse diferente, só disfarçava melhor.