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Ensinar-se – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Já escrevi por aqui sobre o nobre tema do ensino. E nas letras escritas foi dito que o ensino por si só não faz parte de um sistema fechado, isolado. O papel que a educação exerce envolve uma série de fatores inerentes à condição humana. Ao se admitir a necessidade de (re)conhecer a diversidade cultural humana, deve-se, então, antes de qualquer coisa, buscar compreendê-la. Situar-se na pluralidade é ensinar(se).

Edgar Morin já preconizou que conhecer o humano é situá-lo no universo, contemplando a ideia de que todo o conhecimento deve contextualizar seu objeto, ao passo que é necessário saber que “Quem somos?” é inseparável de “Onde estamos?”, “De onde viemos?” e “Para onde vamos?”.

Ensinar-se é mesclar o ideal de compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo, a partir de questões diversas da desesperança e da alienação do homem moderno. É preciso situar as informações e os dados em seu contexto para que adquira sentido.

Diante das reflexões de Paulo Freire, “a pessoa conscientizada é capaz de relacionar fatos e problemas entre si, de compreender.” Da mesma forma, tem uma compreensão diferente da história e do seu papel nela. “Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo.”

Ensinar-se exige compreender que a crise do mundo está estruturada em um aprendizado alienado da sociedade. Nesse sentido, repito aos que já cruzaram por trechos semelhantes em outro texto aqui escrito, é urgente conectar saberes. Como disse Einstein, a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho normal.

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

[email protected]   

@vitorhugoaf

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