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Camelôs. Audiência pública discute uma possível rede de cooperação. Prefeitura está fora?

Já tratei deste assunto ontem, no programa “Pampa Boa Noite” (faço, ali, um comentário diário às 6 e meia da tarde). E também tratarei do tema daqui a pouco, no “Central CDN”, da rádio CDN. Mas imagino que seja do interesse de todos, por isso também escrevo aqui sobre este tema. Antes, acompanhe a notícia distribuída pelo gabinete do vereador Cláudio Rosa:

”Rede de Cooperação entre camelôs é tema de Audiência Pública

A Comissão de Desenvolvimento Econômico e Serviços Públicos da Câmara de Vereadores promove na próxima quinta-feira (14/12), às 14h, no Plenarinho, uma Audiência Pública para discutir a possível formação de uma rede de cooperação entre os camelôs de Santa Maria.
O presidente da Comissão, Vereador Cláudio Rosa, esclarece que a reunião é muito importante, pois especialistas no assunto mostrarão experiências que já vêm sendo realizadas em outras cidades gaúchas.
Estão confirmadas as presenças do coordenador do Programa Redes de Cooperação do Estado, Carlos Alberto Hundertmarker, do supervisor do Programa Redes de Cooperação da Universidade Federal de Santa Maria, Prof. João Hélvio Righi e do representante da Rede de Cooperação Cassino Praia Shopping, de Rio Grande, Maicon Pereira


Olha, antes de mais nada, é preciso que se diga que se trata de uma grande idéia: criar, nos trabalhadores informais, uma maneira de legalização dos produtos que eles vendem – na sua quase totalidade oriundos de contrabando e descaminho, portanto, um ato criminoso, e não “honesto”, como o coitadismo generalizado pode dar a entender.

E mais: foi a única coisa minimamente interessante saída de outra audiência pública, ocorrida há cerca de 20 dias, na mesma Câmara de Vereadores. Antes que o shopping popular seja instalado, já é interessante que os que trabalham no camelódromo ou como ambulantes tenham claro que a atividade, para não ser reprimida (o que é dever das autoridades), tem que ocorrer com bens e produtos devidamente de acordo com a lei. E, nesse sentido, a rede de cooperação pode ser um bom caminho. Talvez o único – junto, quem sabe, com a criação de uma cooperativa.

O problema que vejo, a partir da notícia surgida de Cláudio Rosa, é a ausência (pelo menos não há citação no texto) da Prefeitura Municipal como convidada. Ainda mais que, objetivamente, não se sabe sequer se o governo do Estado, tão operoso nessa área com Germano Rigotto, terá o mesmo comportamento sob o comando de Yeda Crusius, a partir de 1º de janeiro. Seria interessante e é até provável que aconteça, no entanto hoje ninguém pode garantir.

Então, pergunto, cá com meu bestunto, por que a prefeitura não foi chamada, já que ela é que vai ter que obrigatoriamente tratar do assunto? Deve ter sido um lapso. Ou então um esquecimento na notícia enviada à imprensa. Sugiro que os técnicos da administração participem (afinal, a audiência é “pública”). E tenho certeza que serão bem recebidos, pois todos querem uma solução. Ou não?

Ah, e uma última curiosidade claudemiriana: quantos trabalhadores informais participarão da audiência. Naquela, cheia de discursos tomados de basófia, demagogia e até absurdos de ilegalidade, havia cerca de 50. E hoje?

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