IMPRESSA. Na coluna desta terça, o desafio de gerir escassez de troco, na UFSM. E a visibilidade da greve
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta terça-feira, 30 de junho, no jornal A Razão:
UFSM e o desafio de gerir a escassez
Administrar sobrando troco pode ser difícil. Não faltam gestores que se atrapalham. Mas, não há dúvida: gerir, o que for, sem recursos em abundância é muito pior. E quando se trata de área sensível, como a educação, e com interesses (inclusive políticos) variados, pode ser bem complicado.
Na última reunião do Conselho Universitário, o reitor da UFSM, Paulo Burmann, expôs a situação colocada pelo governo federal. Já há certeza de que as verbas de custeio serão reduzidas em 10%. E que o investimento cairá pela metade. É verdade que os números só serão fechados em julho, mas mesmo que essa situação seja minorada, ainda será dinheiro menor que o do ano passado, por exemplo.
Aí é que o gestor terá que fazer esforço, inclusive para fugir das cascas de banana colocadas por interesses localizados. Afinal, todo mundo quer preservar o SEU investimento.
Tempos interessantes (e bicudos) vêm aí, pelo menos este ano, na UFSM.
GREVE FICA VISÍVEL…
É bastante óbvio – sem entrar no mérito – que o trancamento de unidades de ensino, por técnico-administrativos da UFSM, como houve semana passada e se promete para esta, acontece para dar visibilidade à greve. Algo que nem mesmo o evidente prejuízo com o fechamento dos Restaurantes Universitários e Biblioteca conseguiu.
HOJE, ANTIPICHAÇÃO
Deve mesmo ser na sessão desta terça-feira que os vereadores apreciarão e aprovarão o projeto que amplia as sanções administrativas (multas) aos pichadores e, quando houver envolvimento de menores, seus responsáveis legais. Há escassas dúvidas sobre a aprovação, que deve ser tranquila, quem sabe até por unanimidade. Quem sabe.
AMANHÃ, HOSPITAL
Após acalorada audiência pública do dia 22, aguarda-se a de amanhã, no Bairro Nª Sª de Lourdes. Tema: a proposta que muda o plano diretor, facilitando a ampliação do Hospital São Francisco, segundo o projeto original. É a chance para saber o que pensa, enfim, a comunidade diretamente envolvida. Gol da Câmara, diga-se.
Problema é que, quando sobra troco, gastam mal. Quando falta, farinha pouca, meu pirão primeiro. E os "aliados" tendem a ser menos atingidos e, dependendo da capacidades dos mesmos, pode ser dinheiro jogado fora do mesmo jeito.
Greve para ficar visível teria que vir para o centro da cidade. Mentalidade insular da UFSM e tentativa de impor vontade à força.
Bastante "democrático".
Comunidade diretamente envolvida é a cidade inteira. A afetada é a vizinhança do hospital. Uns reclamam do possível transtorno, outros comemoram a valorização dos imóveis.