Inimigos do seu bolso – por Carlos Costabeber
Independente do tamanho da renda, o brasileiro é bem negligente com relação ao controle do seu orçamento. Observador atento, volto ao tema nesse momento de contenção de despesas, com seis orientações:
(1) Procure fugir dos juros, principalmente sobre dívidas pendentes. Se você tem dinheiro na poupança, sacrifique parte dessa grana e pare a sangria. Até porque a poupança não rende quase nada atualmente;
(2) A falta de um rigoroso orçamento familiar, normalmente vai levar a gastos descontrolados. E todos na família devem se comprometer na sua estrita obediência. Todos os meses deve sobrar algum valor para colocar em poupança ou para aumentar o patrimônio (compra de carro ou casa);
(3) A facilidade do uso do cartão de crédito pode levar por água abaixo a pretensão de um orçamento planejado. Por isso, aconselho sempre que possível o pagamento com dinheiro vivo, pois ao vê-lo saindo da carteira, a gente tem um sentimento de perda. Já o cartão tem um encantamento mágico, pois projeta para o futuro o prazer imediato de uma compra. Além disso, permitindo o pagamento mensal de parte da fatura, induzem o devedor a aumentar a sua dívida, podendo virar numa “bola de neve”;
(4) As compras de produtos e serviços supérfluos são decorrência do marketing, que nos induz a gastar com algo que não nos faria falta. E incluo aqui as compras por impulso, decorrentes da habilidade e criatividade das lojas e supermercados. Realmente, é grande a tentação; ainda mais para que tem na carteira uma porção de cartões de crédito;
(5) Atenção com as marcas famosas, pois sempre são mais caras (trabalham com lucro maior) que as outras opções. Por isso, experimente outras menos conhecidas (e mais baratas), para avaliar a qualidade; e,
(6) Cuidado com alimentos prontos, pois a indústria atrai o consumidor pela praticidade. Só que esse valor agregado custa caro. É mais barato (e gostoso) preparar em casa com ingredientes de melhor qualidade.
É importante lembrar da questão levantada no item 5 mesmo. Há diversas marcas de carros estrangeiros entrando no Brasil e que devem ser conferidas, pois muitas vezes oferecem carros completos por cerca de 30% a menos do que os carros ditos das "grandes marcas".