Reajuste de 2%. Docentes municipais protestam em ato público e vão à Câmara de Vereadores

Que ninguém se surpreenda. Pelo menos não os leitores habituais deste sítio. Sem entrar no mérito da reivindicação (quem pode dizer que é injusta? Nem quem paga) dos servidores municipais, o fato é que se trata de algo fácil de prever: os trabalhadores municipais, e mais especialmente os vinculados ao sindicato dos professores, são a categoria mais mobilizada de Santa Maria.

O resultado é que, diante do que consideram inaceitável, estão em operação tartaruga desde a última quinta-feira – data do anúncio da proposta do município, de reajuste de 2% – e realizam manifestações públicas nesta terça. Vai adiantar alguma coisa? Não sei. Mas que o barulho (político inclusive) será grande, poucos duvidam.

A propósito do que pretendem fazer os docentes, acompanhe material distribuído pela assessoria de imprensa do Sindicato da categoria. O texto é assinado pela jornalista Susana Leite. A seguir:

“Professores municipais se preparam para ato público – Categoria rejeita os 2% e parte para mais mobilizações pela reposição salarial

Parte das decisões tomadas na última assembleia (dia 27) começaram a ser feitas já no dia seguinte. Desde quita-feira (dia 28), as escolas municipais iniciaram uma operação tartaruga que se estende até esta segunda (dia 1º). O movimento antecede o ato público que está previsto para amanhã, terça-feira, com início às 9h da manhã, na Praça Saldanha Marinho.

Em vez da sala de aula, o os professores vão tomar as ruas do centro da cidade, para uma caminhada em protesto ao índice salarial de 2% – considerado pela categoria muito abaixo do esperado. O magistério está se organizando com cartazes e faixas, com palavras de ordem e carro de som, a fim de chamar a atenção para os problemas enfrentados pela categoria. A caminhada chegará até a Prefeitura, onde será o ponto alto da mobilização. À tarde, os professores seguem para a sessão ordinária da Câmara de Vereadores, para expor a situação aos parlamentares.

Além da questão salarial, o Sindicato pretende levar ao conhecimento do Prefeito Cezar Schirmer um dossiê, em que são listadas as deficiências das escolas municipais. O levantamento feito pelo Sinprosm mostra que a maioria destes problemas é recorrente em quase todas as escolas. A questão já deveria ter sido entregue ao Prefeito no dia 28, mas devido a compromissos do Executivo, o encontro foi adiado. A coordenação do Sindicato marcou outra reunião, porém até a manhã de hoje, ainda aguarda pelo retorno. De qualquer maneira, o levantamento dos problemas das escolas será levado para o manifesto desta terça-feira.”