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MEDICARO. Operação da PF cumpriu 12 mandados. Um alvo foi João Carlos Maciel – que soltou o verbo

A Operação Medicaro, da Polícia Federal, teve nesta quinta-feira a sua terceira fase. Já há nove indiciados. A peculiaridade da ação, desta vez, é que dentre os 12 mandados (de busca e apreensão e de condução coercitiva), um deles tinha como alvo direto o escritório do programa de rádio do vereador João Carlos Maciel. O peemedebista, que na fase anterior acabou sendo preso por 36 horas por ter sido encontrada certa quantidade de medicamentos vencidos ou sem autorização para ser distribuídos, agora seria objeto de investigação por suposto crime eleitoral.

Maciel não se fez de rogado, desta vez. Soltou o verbo, como você poderá conferir a seguir, em material a ser publicado na versão impressa do jornal A Razão, que começa a circular daqui a pouco. Você também lerá material específico sobre a Operação Medicaro. Os textos são de Ramiro Guimarães, com foto de Gabriel Haesbaert. A seguir:

PF cumpriu 4 mandados de busca e apreensão e mais 8 de condução coercitiva, para depoimento
PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e mais oito de condução coercitiva

“Eles terão que me matar”, desabafa Maciel

Um dos quatro mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal na manhã de ontem, quinta, não tem ligação direta com as investigações da Operação Medicaro. Ele foi expedido pela Justiça Eleitoral e baseia-se uma suspeita de crime eleitoral envolvendo o vereador João Carlos Maciel (PMDB). Na segunda fase da Medicaro, deflagrada há quase quatro meses, o parlamentar foi preso em flagrante por armazenar em local indevido medicamentos de venda controlada e sem procedência comprovada e passou pouco mais de um dia na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm). Ontem, na sede do programa de rádio de Maciel, na Rua André Marques, foram apreendidos pela Polícia Federal documentos diversos, materiais de campanha e cartas de agradecimento que o vereador escrevia para agradecer pelas doações de remédios.

Contatado pela reportagem de A Razão, o vereador João Carlos Maciel explicou que todo o material que foi levado ontem pela Polícia Federal são apenas provas do trabalho solidário que ele desenvolve há 40 anos. Revoltado, Maciel disse estar sendo vítima de uma perseguição.

“O que eu queria saber é quem está por trás disso tudo. Porque deve ser um personagem político muito importante que está querendo me atingir, que está querendo me derrubar. Mas, para ele, ou para eles, eu tenho um recado: se querem calar a minha voz, eles terão que me matar”, desabafou o parlamentar, que ainda pode responder, na Câmara de Vereadores, a um processo pela sua conduta ética.

Operação Medicaro chega à terceira fase

…A Polícia Federal de Santa Maria deflagrou, na manhã de ontem, a terceira fase da Operação Medicaro, que investiga fraude na aquisição de medicamentos e produtos médicos.  A partir das 7h, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, além de oito mandados de condução coercitiva, todos na cidade. Os conduzidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Federal, na Rua Vale Machado, por ordem judicial, para prestar esclarecimentos. Dos oito intimados apenas um não estava em Santa Maria, mas já se comprometeu a prestar o seu depoimento nos próximos dias.

Segundo com o delegado da Polícia Federal Fernando Caldas Bivar Neto, nem todas as pessoas que foram ouvidas ontem (quinta) são suspeitas de envolvimento no esquema de superfaturamento de remédios. Três das que prestaram depoimento foram arroladas como testemunhas, por terem, de alguma forma, informações sobre como funcionava a fraude na Saúde.

Pela análise dos documentos e mídias apreendidos nas duas primeiras fases da operação, foi evidenciada a prática irregular, através do ingresso com a ação judicial para aquisição dos medicamentos onde era necessária a apresentação de três orçamentos fornecidos por farmácias locais, que superfaturavam os preços dos remédios. Esta fase da investigação se destaca pelo possível uso de documentos fraudulentos na instrução de processos judiciais para a aquisição de medicamentos e materiais hospitalares.

OUTRAS FARMÁCIAS

De acordo com o delegado Fernando Caldas Bivar Neto, o foco das ações foi um grupo de farmácias, que não havia sido alvo de investigação nas duas etapas anteriores da Operação Medicaro.  Os mandados de busca e apreensão foram feitos em dois estabelecimentos comerciais (farmácias) e em uma instituição de caridade. O quarto teve como endereço a sede do programa de rádio do vereador João Carlos Maciel (PMDB), na Rua André Marques (leia mais, logo abaixo). O número de indiciados, por enquanto, segue o mesmo: nove.

“Não são os mesmo grupos de farmácia, mas eles têm o mesmo ‘modus operandi’ que já foi verificado na fraude envolvendo a distribuição de remédios por via judicial”, explica Bivar Neto 

NOVE INDICIADOS

– 3 advogados

– 2 representantes de farmácias

– 1 servidor da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde

– 1 acadêmico de Direito

– 2 interventores (pessoas que atuavam junto à 4ª CRS)”

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4 Comentários

  1. Tchê, o sujeito ( me nego a chamar de ver….) pensa que é ungido pelo Papa para promover algo que ele acha correto.
    Não se dá conta que esse tempo já passou, aliás, nunca deveria ter existido.

  2. Ainda bem que não é parente atrás de tudo…não Éverton MACIEL…. hehehe lendo tudo isto, a leviandade das declarações, a defesa acusando outros ou se escusando que outros fazem, só nos resta o humor e a ironia e torcer que eleitores de alguns politicos revejam seu apoio no futuro.

  3. Quase cômica a manifestação do vereador. Mas tenho um palpite; quem está por trás dessa "perseguição" pode ser o Obama!

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