SAÚDE. Secretário estadual vem para intervenção no setor. Mas João Gabbardo também terá o que escutar
O prefeito Cezar Schirmer disse o que espera da vinda, nesta quarta, do alto comando da secretaria Estadual de Saúde, que vai intervir nos processos e ações da Coordenadoria Regional de Saúde. Abertura de CTIs no Hospital Alcides Brum e na Casa de Saúde e habilitação dos serviços de média e alta complexidade nos hospitais daqui e da região estão entre os desejos do comandante do Palacete da SUCV.
Mas há mais: gestores de saúde querem uma resposta objetiva sobre a abertura o quanto antes do Hospital Regional, uma das alternativas capazes de minorar o problema sério por que passa a saúde pública do centro do Rio Grande. E, claro, repasses constantes e justos para as organizações que atendem à população.
Resumo da ópera: o secretário João Gabbardo, que capitaneia a equipe que “baixa” em Santa Maria vai falar. Mas terá muito o que escutar também. Sobre o que vai ocorrer na cidade nesta quarta, um elucidativo e completo material está disponível na versão online (e na impressa também) do jornal A Razão. A reportagem é de Fabrício Minussi, com foto de Gabriel Haesbaert. Acompanhe:
“Secretário e diretores da SES chegam para reestruturar a saúde…
…Santa Maria será, nesta quarta-feira, a sede do governo do estado. Pelo menos no que diz respeito a saúde. Já estão na cidade o secretário João Gabbardo dos Reis e todos os técnicos da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Conforme antecipado por A Razão, eles promoverão uma intervenção na rede de atenção básica nos 32 municípios que compõem a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS).
O objetivo é ajustar e padronizar procedimentos na porta de entrada do SUS na região ondem segundo avaliação da própria SES apresenta, atualmente, o pior quadro de atendimento e cobertura pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sobrecarregando as cargas de média e alta complexidades.
O coordenador adjunto da 4ª CRS, Moacir Alves, antecipou que os técnicos da SES devem apresentar um planejamento para recuperar e fortalecer a atenção básica na região, preconizando o que determina a Cartilha do Ministério da Saúde. Mas a pauta não estará resumida ao que pretende a gestão estadual da saúde. Os secretários da região prometem cobrar o cumprimento do que foi pactuado, financeiramente, no que se refere aos repasses para prefeituras e instituições que atendem o SUS.
Só em Santa Maria são aproximadamente R$ 11 milhões em dívidas. Na região a demanda reprimida é de 33 mil atendimentos. Leitos não podem ser ocupados por falta de cobertura. O Hospital de Caridade não atende mais pelo SUS. A Casa de Saúde fechou leitos, suspendeu serviços e contraiu empréstimos de mais de R$ 5 milhões para honrar salários e bancar custeio. O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) está sobrecarregado. A Prefeitura também está bancando a manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A SES não define a gestão e serviços do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
Gestores querem definição sobre gestão e abertura do Hospital Regional
As ações programadas dentro do chamado processo de “intervenção” na saúde regional, que ocorre a partir das 9h desta quarta-feira, em Santa Maria, teve sua necessidade apontada durante a realização do Congresso das Secretarias Municipais de Saúde 2015, realizado em Porto Alegre. Na oportunidade, o pedido feito pelos gestores das pastas abrangidas pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) foi acatado pelo secretário adjunto da SES, Francisco Paz…”
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Falar e escutar saem quase de graça. É só o custo da viagem e estadia.