A avaliação não é deste editor. Que, porém, concorda com a maior parte dela. Foi feita pelo portal especializado Congresso em Foco, com base nos últimos acontecimentos políticos em Brasília e que, objetivamente, deram uma trégua à presidente Dilma Rousseff. Tanto no parlamento quanto nos movimentos sociais e, incrivelmente, também junto à mídia.
Mas o que terá levado o mais prestigiado e independente (ainda que normalmente crítico ao governo) portal especializado a chegar a essa conclusão? Fatos, sobretudo fatos, como você confere a seguir. A foto é de Fábio Rodrigues Pozzebom, da Agência Brasil. A seguir:
“‘Envergada’, Dilma faz política para ‘não quebrar’…
… Em discurso para mais de 70 mil camponesas, que se reuniram em Brasília na Marcha das Margaridas, na quarta-feira (12), a presidente Dilma Rousseff declarou que “enverga, mas não quebra”, recitando o verso da música de Lenine. Para não ter seus projetos políticos rompidos pelas mãos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a petista se viu obrigada a fazer aquilo que sempre resistiu: entrar para valer no jogo político, tarefa para a qual nunca teve paciência. Ainda envergada, Dilma saiu do isolamento, reuniu em torno de si lideranças do Congresso, oficializou sua união com o presidente do Senado e recebeu afagos do ex-presidente Lula e de movimentos sociais. Viu a temperatura política baixar em Brasília às vésperas da realização das manifestações pró-impeachment e pró-renúncia, marcadas para o domingo (16).
Os primeiros passos para a saída do isolamento foram dados na sexta-feira da semana anterior (7), quando o jornal O Globo, pertencente ao maior grupo de comunicação do país, chamou em editorial de insensatas as ações dos oposicionistas e de Eduardo Cunha, como a aprovação da chamada “pauta-bomba”, para afastar Dilma da Presidência. Cunha perdeu protagonismo para seu companheiro de partido, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que formalizou sua aliança com Dilma.
O senador passou a ser visto como o filho pródigo da base aliada da Casa, que poderá amenizar a “pauta-bomba” da Câmara. O retorno ao governismo do outrora irritadiço Renan veio no começo do mês. No domingo (9), Dilma se reuniu com 13 ministros e líderes do governo do Congresso no Palácio da Alvorada. Do jantar oferecido, nasceu um novo encontro.
Na segunda (10), os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, foram ao gabinete de Renan no Senado. Lá, o senador apresentou à equipe econômica da presidente a chamada Agenda Brasil, que consiste em uma série de sugestões, algumas delas polêmicas, para a retomada do crescimento, “muito além do ajuste fiscal”.
As propostas, divididas inicialmente em três grandes eixos – Melhoria do Ambiente de Negócios, Equilíbrio Fiscal e Proteção Social –, propõem regulamentar a terceirização, revisar os “marcos jurídicos que regulam áreas indígenas, como forma de compatibilizá-las com as atividades produtivas” e “avaliar possibilidade de cobrança diferenciada de procedimentos do SUS por faixa de renda”. O governo ainda avalia as medidas, que já enfrentam a resistência de Cunha, que as classificou como “espuma”…”
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Manifestações que podem até serem chochas, ninguém tem parametro para o que pode acontecer.
Lula fala "Não julguem Dilma por seis meses de mandato". Óbvio que não, ela é julgada pelos 48 meses anteriores. Não tem importância, para as Margaridas serve, funciona.
Brasília virou um grande circo para tentar manter tudo como está.
Análise cada um tem a sua. Economistas da cidade são "unânimes" sobre a natureza conjuntural da crise. Não tenho tanta certeza, existem muitos problemas estruturais.
Não fosse isto, Renan não teria proposto a convergência das alíquotas de ICMS (vislumbre para a criação de um IVA numa reforma tributária). Imposto sobre heranças de 25% (bitributação, já existe um imposto estadual). Disto já se pode vislumbrar que o "pacote" é para inglês ver, mas tem mais. Venda dos terrenos de marinha. Cobrança dos procedimentos do SUS por faixa de renda (usando as do IRPF).