CongressoPolítica

BANCADA DA BALA. Se dependesse só dela, seriam 200 milhões de armas nas ruas do País. Saiba por quê

Duas empresas, a CBC e a Taurus, monopolizam o mercado de armas no Brasil. E elas são também “donas” de uma bancada na Câmara dos Deputados. Não é força de expressão. As indústrias “elegeram” (ou, na pior das hipóteses, fizeram suplentes) 21 deputados em todo o Brasil. E nem se está falando dos estaduais, só no âmbito nacional.

Obviamente, esse grupo defende, antes de qualquer coisa, seus financiadores – sempre sob o alegado discurso de que sua procuração é para os pobres, desnutridos e blábláblá e blábláblá. Tem gaúchos nessa bancada. Dois, pelo menos, sem falar num suplente. Originalmente, eles representam o DEM (Onyx Lorenzoni) e o PDT (Pompeo de Mattos). Na prática, porém, estão sempre dispostos a defender e aprovar projetos em favor da indústria armamentista. Se dependesse dela, cada um dos 200 milhões de brasileiros teria uma arma em casa e porte para usar. Afinal, para que serve um trabuco?

Ah, sobre a “Bancada da Bala”, há um interessante material produzido pelo portal especializado Congresso em Foco. Vale conferir a reportagem assinada por Fábio Góis, com foto de Reprodução.

Uma dessas para cada brasileiro. É o que desejariam as duas empresas monopolistas do setor
Uma dessas para cada brasileiro. É o que desejariam as duas empresas monopolistas do setor

Indústria da bala doa quase R$ 2 milhões em 2014

… Dados atualizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que as doações da indústria armamentista nas eleições gerais de 2014 chegaram a R$ 1,91 milhão, com valores distribuídos a 21 candidatos ao cargo de deputado federal, 12 ao cargo de deputado estadual, dois pleiteantes ao posto de governador e um aspirante a senador. Todos os candidatos à Câmara financiados pelo setor foram eleitos ou ao menos conseguiram vaga de suplente. As informações constam de levantamento do Instituto Sou da Paz, organização não governamental (ONG) de combate à violência, e foram repassadas com exclusividade ao Congresso em Foco.

Quem mais recebeu doações do setor foi o deputado estadual paranaense Pedro Deboni Lupion Mello (DEM), que recebeu R$ 149,8 mil das duas empresas (R$ 74,9 mil de cada). O segundo maior beneficiário foi o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que recebeu R$ 130 mil, mas apenas da CBC. Declaradamente favorável à flexibilização do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), Faria de Sá compõe uma comissão instalada na Câmara justamente para apreciar o Projeto de Lei 3722/2012, que promove mudanças na legislação citada.

O parlamentar é um dos que foram financiados pela indústria da bala com o intuito de promover a elaboração e a aprovação de proposições que interessam ao setor, como o próprio PL 3722 – em resumo, o texto permite a posse de armas em casa, no local de trabalho (se for dono do estabelecimento) ou em propriedades rurais, aumentando o número de armas e munições por cidadão. Entre os pontos polêmicos da proposta está o que garante ao cidadão, sob certas condições, o direito de adquirir e portar na rua até nove armas de fogo. O texto também aumenta o número de munição para portadores de armamento: de 50 balas por ano para 50 balas por mês.

As campanhas foram custeadas por apenas duas das maiores empresas de armas e munições do país: a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e a Forjas Taurus S.A., que detêm o monopólio do setor. Segundo o levantamento do Sou da Paz, apenas a CBC repassou R$ 1,04 milhão, enquanto a Taurus desembolsou R$ 870 mil no pleito de 2014. Do valor total repassado, R$ 1,019 milhão foi reservado a candidatos a uma cadeira na Câmara.

No ano passado, 84% dos deputados federais e estaduais financiados pela chamada “indústria da bala” foram eleitos. Dos 36 pleiteantes a cargo eletivo, apenas três não conseguiram se eleger: o ex-deputado Vieira da Cunha (PDT), que disputou a vaga de governador do Rio Grande do Sul; Paulo Skaf (PMDB), que tentou o mesmo cargo em São Paulo; e Moreira Mendes (PSD), que disputa uma vaga no Senado. Eles receberam, respectivamente, R$ 40 mil, R$ 100 mil e R$ 50 mil…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Um Comentário

  1. As duas empresas têm direito de defender seus interesses. Afinal, empregam muita gente. Claro que as Pollyannas de plantão acreditam num futuro sem guerras e sem violência. Daí a desqualificação "bancada da bala". Infantil, como se alguém perdesse o sono com isto.
    Solução para isto? É só fazer a segurança pública funcionar. Não prometer que no futuro brilhante que nos aguarda não serão necessárias armas. Para chegar lá é necessário estar vivo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo