EXCLUSIVO: Saiba quais as exigências da Prefeitura para liberar a obra de ampliação do Hospital da Unifra
Este editor teve acesso ao Parecer do Instituto de Planejamento de Santa Maria (Iplan), com as exigências compensatórias para que seja liberado o projeto da obra de ampliação do Hospital São Francisco. É um punhado de condições que, na prática, mudam radicalmente o cenário urbano no Bairro Nossa Senhora de Lourdes. São obras adicionais ao próprio estabelecimento de saúde e que, na prática, podem inviabilizar a obra.
Um técnico especializado em questões urbanas, ouvido pelo editor, calculou que seriam necessários “muitos milhões” para fazer tudo. Instado a sugerir um número, disse: “duvido que custe menos de R$ 10 milhões” à Unifra. Mas há questões, afirmou a mesma fonte que, dependendo da forma como estão colocadas, podem levar esses valores “ao infinito”.
O editor não vai cansar o leitor. Nas duas imagens que entremeiam este texto, estão todas as condições. Que vão, desde a reestruturação do pavimento (tem que ser feito de novo?) de várias vias, até a “recomposição natural” do Parque Palotino (quer dizer que a Unifra é que vai viabilizar o local?), passando – e essa foi uma dúvida do técnico – pela “ligação da rua Pedro Lauda com a rua Alameda Buenos Aires”, que poderia demandar até mesmo a construção de uma ponte.
Este editor apurou que o documento está sendo analisado pela Unifra, mas é muito pouco provável que seja aceito na íntegra. O que, na prática, se não inviabiliza a obra do Hospital, pode atrasá-la. E muito. Aguardemos os próximos capítulos.
Pelo que é possível perceber o objetivo é transferir a obrigação de construir todo o acesso para a Unifra. Todo burocracia precisa se justificar, nem que seja criando empecilhos.
A ligação da Rua Pedro Lauda com a Alameda Buenos Aires causará um enorme impacto ambiental, bem maior que a obra do Hospital, pois cortará no meio um belo maciço arbóreo, APP do Arroio Cadena.
No Plano de Manejo do Parque Pallotinno esta área foi considerado como de "ampliação" do parque e importante pela sequencia do verde na região.
Acho que o IPLAN esqueceu desta parte de um Plano que foi bem discutido junto ao Instituto.