Esse Lula! Sem petista tchan-tchan-tchan, o jeito é se achegar a Aécio. E a Ciro. Vai que…

Enquanto os comuns mortais se preocupam com o que fazer amanhã, ou hoje, os políticos têm outro tipo de calendário. Ao contribuinte, interessa saber como é gasto o tributo pago. E tratar da sobrevivência quanto mais digna melhor. Ao militante, a história é diversa. Trata-se de conquistar, ou manter, o poder. É assim a política. E não é ruim, afinal de contas, pois ela preside a sociedade – desde que a economia se comporte bem, claro.

Assim é Luiz Inácio Lula da Silva, o político mais importante da nação brasileira desde que, em 1º de janeiro de 2003, assumiu a Presidência da República. Cargo que ocupará até 31 de dezembro de 2010. Mas que quer alguém próximo a ele em 1º de janeiro de 2011. Mesmo que, veja só, não seja da agremiação da qual é o nome mais vistoso, o Partido dos Trabalhadores.

Não há candidato “natural” do PT. Existem os pretendentes. Lista-se, por exemplo, o governador baiano, Jaques Wagner. Ou o ministro da Justiça, Tarso Genro. Ou, quem sabe, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ou, mais remotamente, a ministra do Turismo, Marta Suplicy. Esse quarteto, e outros mais, no entanto, têm um caminho longo, tortuoso e cheio de pedregulhos. Para, ao final, não se viabilizar, talvez. Então, o jeito é pensar em alternativas.

Aliás, é o que faz Lula, interessado em preservar seu nome e fazer, por que não, o sucessor. Ainda que não petista. E ele poderia ser Sérgio Cabral, do PMDB do Rio de Janeiro. Mas este se encontra em situação similar aos congêneres do PT. E as voltas com crise de (in)segurança pública. Se superá-la…

Mas os nomes que surgem com força no coração lulista são outros dois. Um, o deputado do PSB Ciro Gomes, a quem o Presidente recomendou se aproximar mais do PT. Mmmmm… Outro, seria incrível não fosse se estar falando de política, onde tudo pode ocorrer, o governador mineiro Aécio Neves. Ele mesmo, que é um dos príncipes tucanos, mas há quem imagina sem espaço na sigla e, vá lá, poderia se bandear ao PMDB.

É cedo? É. Para você. Para mim. Não para os políticos – estes elaboram o pensamento estrategicamente. Ou, simplificando, no longo prazo. Aí vale tudo. Ou quase.

SUGESTÕES DE LEITURA – confira a nota “Lula articula transferência de Aécio para o  PMDB”, de Josias de Souza, da Folha de São Paulo, na página que ele mantém na inernet.

Vale a pena ler, também, o que escreve o jornalista, também da FSP, Kennedy Alencar. Ele assina o texto“Por 2010, Lula quer aproximar Ciro do PT”.