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SAÚDE. Como você soube antes, exigências levam a Unifra cogitar da desistência do Hospital São Francisco

O assunto, inclusive com a lista de exigências, foi noticiado em primeira mão, aqui, há 12 dias
O assunto, inclusive com a lista de exigências, foi noticiado em primeira mão, aqui, há 12 dias

Está um verdadeiro toma-lá-dá-cá. Um e outro lado alegando coisa e outra. Inclusive sobre uns já terem aceitado e agora desistindo. Ou vice-versa. Mas, vamos ao fato principal: o Centro Universitário Franciscano – Unifra não está disposto a levar adiante o cumprimento de condições “mitigatórias e compensatórias”, para que possa aprovar o projeto de ampliação do Hospital São Francisco – que será utilizado como escola para seus vários cursos na área de saúde, inclusive Medicina.

Não é novidade para o leitor deste sítio, nem do jornal A Razão. Aqui, há exatamente 12 dias, em 13 de agosto, o sítio publicou a NOTA  “EXCLUSIVO: Saiba quais as exigências da Prefeitura para liberar a obra de ampliação do Hospital da Unifra”. No texto, o editor já antecipava que a Unifra tenderia a rejeitar as condições, que a obrigariam a gastar alguma coisa parecida com R$ 10 milhões, a ser acrescidos ao orçamento original do projeto. No dia seguinte, na coluna do editor no jornal A Razão, a situação também era tratada, na nota de ABERTURA  (“Um mundaréu de exigências à Unifra”).

Nesta segunda-feira, o articulista do sítio e de A Razão, empresário Carlos Costabeber, publicou o TEXTO  “Perdemos o Hospital”, em que também relata o problema sério que está posto. Na noite desta segunda, também, a versão online do Diário de Santa Maria, traz MATERIAL citando nota da própria Unifra, em que esta diz não pode “assumir um compromisso que não está dentro de sua competência enquanto instituição de ensino, no caso, pavimentar ruas ao redor do Hospital São Francisco de Assis”. E mais, segundo o texto, “a instituição também afirma que aguarda outro cenário e que pode desistir de construir o hospital no bairro Nossa Senhora de Lourdes, se a condição permanecer.”

Mais claro que isso, convenhamos, impossível: a Unifra desistirá, se a prefeitura não ceder. Mas… E o Executivo? Entre outras coisas, diz que tudo foi acordado entre o governo e a instituição franciscana. Conforme nota divulgada no início a noite, entre outras coisas ali ditas, “todas as exigências feitas à instituição pelo Executivo foram propostas pelo corpo técnico da própria Unifra, inclusive com prazos estabelecidos, de 5 anos, para suas posteriores execuções.”

E agora? Bueno, confira você mesmo o texto divulgado pela Secretaria de Comunicação e Programação Institucional da Prefeitura, que veio acompanhado, entre outros documentos, do Estudo de Impacto de Vizinhança e da própria lei, como você pode acessar lá embaixo. Acompanhe:

Nota de esclarecimento: implantação do Hospital da Unifra

A Prefeitura Municipal de Santa Maria tem reiteradamente manifestado apoio à implantação do Hospital São Francisco, pelo Centro Universitário Franciscano (Unifra), por entender a sua relevância para a saúde e a economia do município e região. Para viabilizar a implantação do complexo, o Executivo tomou diversas medidas, entre elas, a proposição de um Projeto de Lei para alterar as diretrizes previstas no Plano Diretor para a região e, por consequência, a realização de duas audiências públicas para debater o assunto com a comunidade santa-mariense – projeto este aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores.

Em virtude do manifestado pela imprensa local, é importante deixar claro que as “medidas mitigatórias compensatórias” são provenientes do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), elaborado pela empresa Dartec Arquitetura e Engenharia, entregue em maio de 2015 à prefeitura. Isto é, todas as exigências feitas à instituição pelo Executivo foram propostas pelo corpo técnico da própria Unifra, inclusive com prazos estabelecidos, de 5 anos, para suas posteriores execuções.

A prefeitura tão somente encaminhou o referido Projeto de Lei, com base nas ações propostas pela Unifra, consubstanciadas no EIV e no Parecer Técnico 109/Iplan/2015. É importante salientar, inclusive, que o art. 4º da referida legislação reproduz exatamente que está descrito no EIV: “recuperar a pavimentação nas vias de acesso ao Hospital”. Tal medida significa que, quando o hospital vier a funcionar, a instituição se compromete em recompor as ruas de do entorno, de paralelepípedo irregular, que eventualmente vierem a ser danificadas pelo trânsito de veículos na região..

Relativamente ao acesso, ainda, salientamos que o mesmo se dará pela BR-158, que está sendo duplicada, por meio das Ruas José Isaía e Champagnat, o que, certamente, diminuirá os danos causados às demais vias no entorno do hospital.

Esclarecemos, ainda, que o detalhamento destas medidas mitigatórias compensatórias seria acordado quando da apresentação do projeto de construção do Hospital, junto à Secretaria de Município de Desenvolvimento Urbano. Por fim, cabe mencionar que o referido projeto ainda não foi protocolado na prefeitura.”

CLIQUE AQUI PARA LER A LEI QUE MUDOU O PLANO DIRETOR

CLIQUE AQUI PARA LER O ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

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7 Comentários

  1. Resumindo: a UNIFRA propôs o que iria compensar, o IPLAN não agregou nada e agora a própria UNIFRA não quer cumprir o que propôs?
    Realmente Prefeito e Vereadores não analisaram nada, mexeram em papéis para avalizar a mundança para atender a UNIFRA, só que AGORA com tudo escrito, discutido (audiências) e aprovado, a UNIFRA DEVE cumprir. Quero ver a fiscalização da prefeitura fazer cumprir esta LEI.

  2. Olhando por cima, a ampliação do hospital virou praticamente uma operação urbana consorciada. "Operação urbana consorciada é o conjunto de intervenções e medidas urbanísticas, coordenadas pelo Município, com a finalidade de alterar a estrutura urbana de uma determinada área… em…parceria com…investidores privados".
    O Estatuto das cidades diz que:"O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades". Plano diretor repete praticamente o texto da lei. Aí vem um decreto de 2008, assinado por Valdeci, o inovador, que afirma:"EIV é o documento que apresenta o conjunto dos estudos e informações técnicas relativas à identificação, avaliação, prevenção, MITIGAÇÃO e COMPENSAÇÃO dos impactos na vizinhança de um empreendimento ou atividade".
    A única coisa que a prefeitura e a CV fizeram foi lidar com a burocracia. Papel para lá, papel para cá. Reuniões. A noção de que as medidas compensatórias são mais custosas que a obra principal não parece óbvia para os burocratas. Inviabilidade também não. Afinal, para os políticos "basta a vontade".

  3. Se isso acontecer, TODA aquela turma do palacete rosado e do casarão da Vale Machado tem que sumir do mapa. Não sem antes se auto agraciarem com moções de incompetência.

  4. Até os cuscos do calçadão sabiam ds exigências.
    Foi pedido pelo IPLAN (onde a UNIFRA passou dias antes da elaboração do Termo de referencia) ou foi coisa do Prefeito (entre IPLAN e Câmara)?
    Foi discutido NA Câmara e LÁ poderia ser questionado.
    Agora ESTÁ ESCRITO! Nossos vereadores entenderam que DEVE haver as compensações que foram expostas para a UNIFRA ANTES da aprovação.
    Nossos vereadores DEVEM honrar seu texto e o que o prefeito DECRETOU! Nada foi feito as escondidas, tivemos audiências!

    Veremos se o que nossos vereadores legislaram e o prefeito decretou será Honrado. Agora é questão de cumprir a LEI: Dura Lex, Sed Lex.

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