ESTADO. Fim da Fundação de Saúde pode trazer riscos para a rede dos hemocentros, teme Valdeci
![Valdeci: só em três anos, hemocentros públicos “atenderam quase 16 mil pacientes hemofílicos”](https://img.claudemirpereira.com.br/2015/09/valdeci-saúde.jpg)
A extinção da Fundação Estadual de Pesquisa eme Saúde (FEPPS), proposta em projeto do Governo do Estado, traz risco para a doação e captação de sangue no Rio Grande do Sul. A FEPPS é gestora dos hemocentros regionais, inclusive o de Santa Maria. Quem afirma seu temor é o deputado Valdeci Oliveira, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que promoveu nesta terça uma audiência pública para tratar do projeto.
Ao evento compareceu, também, a presidente da Hemorrede Pública do Estado, que preferiu não tratar do assunto, como você confere em relato do encontro, produzido pela assessoria de imprensa do parlamentar. O texto e a foto são de Tiago Machado. Acompanhe:
“Valdeci alerta para riscos da extinção da Fundação de Saúde
Durante uma audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (PT) realizada nesta quarta (6), o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) fez um alerta sobre os riscos que a extinção da Fundação Estadual de Pesquisa em Saúde pode trazer para a doação e captação de sangue. O fim das atividades da FEPPS está prevista no projeto de lei 301/2015, encaminhado pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa. A matéria poderá ser votada na próxima terça (15).
Na presença da diretora da Hemorrede Pública do Estado, Denise Braga, Valdeci lembrou que o Hemocentro do Rio Grande do Sul é um dos departamentos mais importantes da FEPPS. O HEMORGS, cuja sede é em Porto Alegre, possui hemocentros regionais em Passo Fundo, Caxias do Sul, Santa Rosa, Pelotas, Cruz Alta, Palmeira das Missões, Santa Maria e Alegrete. “O Hemocentro coleta, processa e distribui sangue e hemoderivados para cerca de 40 hospitais conveniadas e pacientes hemofílicos na capital e no interior. Um dos objetivos do HEMORGS é fortalecer a doação voluntária de sangue, que ainda é considerada muito baixa no RS e no Brasil. Pouco mais de 1% da população brasileira doa sangue. O índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 3% a 4%”, reforçou o deputado.
Somente entre 2011 e 2014, reforçou Valdeci, o HEMORGS coletou mais de 216 mil bolsas de sangue, 40 mil amostras de medula óssea e atendeu quase 16 mil pacientes hemofílicos (com distúrbios na coagulação do sangue) ou portadores de anemia falciforme (doença que altera os glóbulos vermelhos do sangue). “No mesmo período, o órgão realizou cerca de 20 mil testes de paternidade e cerca de 40 mil análises toxicológicos. O Rio Grande não pode atirar pela janela um acúmulo muito vasto de pesquisas e estudo em nome de uma falsa economia. Como ficará a prestação desses serviços? Tenho muito medo que o caminho a ser adotado é o da privatização”, reforçou.
Cobrado por Valdeci, a diretora da Hemorrede não quis se pronunciar sobre a extinção da FEPPS. Ela preferiu falar apenas dos programas e ações desempenhadas pelo setor. “Respeitamos a sua posição, mas pedimos que a senhora transmita ao secretário estadual da Saúde, João Gabbardo, a nossa preocupação. Nós vamos batalhar para que seja retirado, pelo menos, a urgência do projeto, o que permitirá mais tempo para o debate”, acrescentou o parlamentar.”
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