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ESTADO. Oposição recusa “votação casada”, mas já está na Assembleia a proposta dos depósitos judiciais

Governador Sartori, na abertura da Expointer. Lá, protestos. Na Assembleia, as reações
Governador Sartori, na abertura da Expointer. Lá, protestos. Na Assembleia, as reações

No mesmo dia em que enfrentou dura (ainda que, do ponto de vista dos protestantes, bem humorada) MANIFESTAÇÃO, na abertura oficial da Expointer, em Esteio, o governador José Ivo Sartori enviou à Assembleia o projeto que permite ampliar o uso dos depósitos judiciais. Também está lá uma outra proposta, esta bastante polêmica e que já está enfrentando forte oposição: a redução do teto para pagamento dos chamados RPVs (Requisições de Pequeno Valor), que cairia de 40 para sete salários mínimos. O ex-governador, Tarso Genro, tentou a redução para 10 salários mínimos, foi duramente criticado e o projeto não passou. E agora?

Mas há outra questão que emperra a votação dos projetos. A oposição, que tem número de bancadas suficiente para isso, não quer saber de votar antes o projeto que aumenta o ICMS – que deverá ficar lá pelo final do prazo regimental, 22 deste mês. Sobre tudo isso, vale conferir o material publicado pelo jornal eletrônico Sul21. A foto é de Luiz Ávila, do Palácio Piratini.

Governo envia novos projetos à Assembleia e insiste na votação casada com aumento de ICMS

O governo do Estado encaminhou nesta sexta-feira (4) à Assembleia Legislativa três projetos propondo medidas para enfrentar a crise financeira do Rio Grande do Sul. Dois projetos são de autoria do Poder Executivo e um foi elaborado pelo Poder Judiciário. As iniciativas protocoladas na Assembleia na tarde desta sexta são as seguintes:

Ampliação do limite de saques de depósitos judiciais para 95%

Libera um volume maior ao Poder Executivo de valores que estão depositados judicialmente. A previsão é de que a ampliação dos saques de 85% para 95% resulte em cerca de R$ 1 bilhão a mais nos cofres públicos. A medida altera a lei anterior nº 12.069, de 11 de abril de 2004.

Repasse de dotações dos depósitos judiciais pelo Poder Judiciário

O projeto de lei assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça trata da redução e da limitação temporárias das dotações oriundas do Sistema de Gerenciamento dos Depósitos Judiciais e repassadas diariamente ao Fundo de Reaparelhamento do Poder Judiciário. Com a lei, o Poder Judiciário autoriza o repasse, pelos exercícios de 2015, 2016, 2017 e 2018, de parte das dotações oriundas do Sistema de Gerenciamento dos Depósitos Judiciais, contribuindo com o Estado na disponibilidade de receita para enfrentamento da crise. 

Redução do limite das RPVs de 40 para sete salários mínimos

O projeto de lei trata de mudanças no pagamento das Requisições de Pequeno Valor devidas pelo Estado, suas autarquias e fundações, estabelecendo seu limite em sete salários mínimos. As RPVs não estarão sujeitas ao regime de precatórios e deverão ser pagas, mediante depósito judicial, no prazo de até 60 dias, contados da data em que for protocolada. Aquelas cuja ordem de expedição seja anterior à entrada em vigor da lei observarão o limite atual de 40 salários mínimos. Segundo o governo, a previsão de gastos este ano com o pagamento de RPVs é de quase R$ 900 milhões, valor que seria incompatível com a realidade fiscal do Estado.

A Ordem dos Advogados do Brasil é contrária à proposta de redução do limite das RPVs. No governo Tarso Genro, que tentou baixar esse limite de 40 para dez salários mínimos, a OAB trabalhou para derrotar a proposta.

O chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, disse que o governo considera como paliativa a ampliação do limite de saque dos depósitos judiciais, que renderão R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Segundo ele, esses recursos permitirão complementar a folha de pagamento dos servidores públicos até o mês de outubro, além de ajudar a pagar outras despesas em atraso. Em conversa com jornalistas no Palácio Piratini, Biolchi reafirmou que o governo tentará votar esses projetos junto com o projeto que aumenta o ICMS no próximo dia 15 de setembro. Caso a oposição não dê acordo para essa votação casada, os projetos deverão ser votados no dia 22 de setembro…”

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2 Comentários

  1. Não entendo mas mudar uma lei para beneficio exclusivo da administração do pmdb é uma grande vergonha e no meu ponto de vista inconstitucional. Ou Não?

  2. Manifestação bem feita. Deu só nos nervos do Gringo (que visivelmente se irritou), não do resto da população que já é penalizada pela falta de serviços devido à paralização. Dançar foi uma grande sacada, colocou uma pitada de chacota.
    Gringo quer aumentar ICMS e tem muito pouca gente a favor. Tem a anterioridade tributária e a noventena ainda para ajudar, então aquela idéia de "hierarquia das maldades" que falam por aí não procede. Se a coisa ficar muito feia em fevereiro do ano que vem, mesmo aumentando impostos, arrecadação só em 2017.
    RPV's são a cereja do bolo. STF andou julgando emenda constitucional sobre o pagamento dos precatórios. Entre os temas abordados estão prazo de 5 anos para quitação dos mesmos, compensação com a dívida ativa e utilização obrigatória de metade dos depósitos judiciais liquidação. Não acompanhei o resultado, mas o último quesito colide com a utilização dos depósitos judiciais pelo executivo, o que já é objeto de ação.
    2016 vai ser tudo de bom.

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