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“Make Love, Not War” – por Carlos Costabeber

Busquei na música de John Lennon o título para esse comentário sobre uma grande disparidade que completa meio século: nos anos 60, de um lado, a juventude que começava a mudar radicalmente a cultura do Ocidente, e de outro, o envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Foi um choque brutal para a minha geração, que vislumbrava um mundo novo, colorido, com liberdade de expressão, cabelos grandes, jeans, tênis, roupas coloridas e descoladas. Vivíamos o auge da Beatlemania, “Woodstock”, Jovem Guarda, reuniões dançantes, curtindo rock-and-roll nos toca-discos. E muita, muita música vibrante, ao som das guitarras elétricas e do “ié-ié,ié”. Que tempos, meu Deus !

Mas nada no mundo é perfeito, e esses mesmos jovens americanos que “amavam os Beatles e os Rolling Stones”, foram jogados nessa guerra, para “lutar contra os vietcongs”. Diz a letra: “Cabelos longos não usa mais; não toca a sua guitarra e sim, um instrumento que sempre dá a mesma nota, ra-tá-tá-tá. Não tem amigos, não vê garotas, só gente morta pelo chão; ao seu país não voltará, pois está morto no Vietnã”

Pela primeira vez um conflito entrava em nossas casas através da televisão, mostrando uma realidade brutal. Uma realidade, em que os jovens foram as “buchas de canhão” da indústria bélica e dos interesses ideológicos. E de um pobre país asiático, que teve 2 milhões de mortos, e que foi destruído pelo peso das bombas.

Lembrei desse tempo, ao ver uma matéria no History Channel (“Arquivos Perdidos do Vietnã”). Isso me levou a recordar que naquela época, se eu fosse americano (principalmente latino), teria sido um dos dois milhões e tantos, que lá  lutaram; e contra um inimigo “sem cara”. Nas selvas e pântanos do Sudeste da Ásia, 58.000 jovens como eu, morreram sem saber o porquê, enquanto  outros 300.000 resultaram feridos. E a maioria dos que lá estiveram, voltou com sequelas físicas e psicológicas. Para nada! Para nada! Pois, passados 50 anos, o Vietnã virou um “país amigo” dos investimentos ocidentais.

Sem dúvidas a minha geração vivenciou dois cenários totalmente distintos: de um lado uma juventude liberal, e que se identificava com a trilogia “sexo, drogas e rock-and-roll”. E, de outro, parte dessa juventude que começou a mudar o mundo, sendo jogada numa guerra perdida e injustificável. Felizmente, nossa memória só guarda o lado bom dessa época iluminada, e que mudou o mundo para sempre. Benditos os que viveram os anos 60.

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