“…Só que a realidade é cada vez mais dura e impactante! Quando ingressaram no ensino superior, o Brasil vivia uma realidade bem diferente, pois havia crescimento e pleno emprego. Mas também foram anos de muitos erros na condução da politica econômica, e o resultado dessa bagunça governamental será um período amargo para todos os brasileiros, com muito desemprego e crescimento pífio.
Esse é o cenário para dezenas de milhares de jovens que estão saindo dos cursos superiores: o tão sonhado mercado de trabalho, até então receptivo, agora está fechando as portas; agravado por uma oferta exagerada de novos profissionais todos os anos…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Com diploma! Sem emprego!”, de Carlos Costabeber – graduado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM (instituição da qual é professor aposentado), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com especialização em Qualidade Total no Japão e Estados Unidos. Presidiu a Cacism, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Brasileira de Distribuidores Ford. É diretor da Superauto e do Consórcio Conesul.
Problema é mais sério do que imaginam os "otimistas".
Orçamento brasileiro é gessado. 90% das verbas são carimbadas (a DRU é aplicada depois do repasse a estados e municípios). As despesas públicas federais crescem num ritmo maior do que o do PIB (aumentos reais de salários, aposentadorias, etc.), a conta não tem como fechar a não ser com aumento de impostos. Só que é um pulo do sapo, aumenta agora e daqui a pouco vai ter que aumentar de novo.
Carga tributária é de 37%, dinheiro mais ou menos morto porque não volta para a sociedade. Em 1986 era 22%, em 2000 era 30%. O que sobra para investimento é pouco. Manutenção da infraestrutura logística custa uns 3%, por exemplo (Brasil investe menos, logo ocorre deterioração). Sem investimento o PIB não cresce. Nesta "dinâmica" o Brasil olha para o RS e diz: eu sou você amanhã.
Depois vem as gracinhas do governo. 10% do PIB para investir é pouco, negócio é emitir títulos da dívida e jogar o dinheiro no BNDES, BB e CEF. Grana para frigoríficos (áre estratégica!), Eikes da vida, magazines, etc.
Aumento do salário mínimo com IPCA mais crescimento do PIB. Não é necessário produzir mais ou melhor, aumento vem do mesmo jeito, como no funcionalismo público. Medida inflacionária (uma das).
Modelo de partilha do pré-sal, Petrobrás tem dívida em dólar e receita em real. Com o câmbio estourando é coisa fina. Preço do barril lá embaixo. Indústria petrolífera é 10 a 15% do PIB.
China fez aumentar preço das commodities tempos atrás. Venderam a idéia de que a boa situação era competência administrativa do governo de plantão. Venderam a idéia de que era uma situação permanente (só que não), tanto que aumentaram os gastos públicos.
Política "anticíclica" para ganhar eleição. Lista é interminável, mas o resumo da ópera é: problema não é conjuntural, é estrutural. Uma hora a conta zera.