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CULTURA. “Herança”, mais uma vitória da criação literária coletiva em Santa Maria, será lançado sábado

athos livroQuatro autores – Athos Ronaldo Miralha da Cunha, José Luiz dos Santos, Luiz Hugo Barin e Tânia Lopes – lançam neste sábado, dia 31, a partir das 10 da manhã, no Cesma Café, mais uma obra que mostra ser possível a criação literária coletiva. Santa Maria tem um punhado de exemplos a respeito.

Um pouco por preguiça (o que é duro de reconhecer, por parte de um cara que, como diria Muricy Ramalho, trabalha muito), mas especialmente porque o texto é muito melhor do que o próprio editor poderia produzir, para saber mais um pouco do livro e, especialmente, do processo interessante que se desenvolve na literatura santa-mariense, vale conferir o texto de apresentação de Herança (sim, esse é o nome da obra, que vai custar apenas 20 pilas), e que está na “orelha”, escrito por Athos Miralha. Ah, e não esqueça de ir ao lançamento. A seguir:

Herança

Santa Maria sempre foi identificada com o cooperativismo pela atuação da Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea, que foi marcante para toda a categoria ferroviária. O Coração do Rio Grande continua, ainda hoje, muito identificado com o cooperativismo: a Feira da Economia Solidária e a Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria – Cesma –, são exemplos bem-sucedidos de cooperação.

E a criação literária pode ser cooperada? Podemos afirmar que sim. Os escritores de Santa Maria já produziram dois romances – Os dez mandamentos [2009] e Arquimedes [2010] – e quatro livros de contos – A frase do doutor Raimundo [2010]; Milongueiro [2011]; O colecionador de cuias [2012] e Bastardo [2013] – todos pela Movimento e com a criação coletiva dos textos. O cooperativismo literário.

Dito isso, à luz de todos esses projetos, podemos concluir que é possível a criação conjunta de textos. Uma estória pode ser contada por vários autores num mesmo volume. E esse foi o nosso grande desafio: manter um padrão estético e literário dos textos, embora escritos de uma maneira diferente. Não há abusos e nem arroubos nessa criação; fizemos apenas o feijão com arroz da literatura, mas tentamos fazer o nosso melhor. E saímos satisfeitos com o resultado. Um exemplo que nos envaidece: A frase do doutor Raimundo foi indicado ao Prêmio Açorianos de Literatura.

Para seguir nessa trajetória cooperativista, estamos apresentando mais um livro de criação coletiva e, novamente, um livro de contos: Herança. São contos coletivos rio-grandenses, pois todos os contos estão ambientados no estado e em todos eles há um “personagem” en passant. Não é personagem central, não está no enredo, mas é representativo dos gaúchos e está contemplado em todos os contos. É uma situação, uma representação que, em dado momento, ilustra a ação narrativa. A capa antecipa num pequeno detalhe esse “personagem” periférico. É um desafio a mais para o leitor.

No final, também, contemplamos um quadro da evolução da criação dos capítulos de cada conto e o heptálogo do conto coletivo. Uma breve orientação de como fazemos para elaborar um texto curto de criação coletiva. Esperamos que seja útil para novas empreitadas literárias por esse Rio Grande afora.

Corra e reivindique uma parte dessa herança. Mas se a herança não for do agrado, compre ingresso para um jogo no Beira-Rio. Boa leitura.”

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