IMPRESSA. Partidos de Santa Maria “escondem” seus filiados, mostra a estatística do TSE. É isso ou então…
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta quinta-feira, 22 de outubro, no jornal A Razão:
Partidos escondem novos filiados. Ou…
Para quem imaginava mudança substancial no número de filiados aos partidos em atividade na cidade, as estatísticas do TSE relativas a setembro foram uma surpresa. Descontados Rede e Novo, agremiações que ainda se organizam, o fato é que os números apresentaram modificações meramente residuais. Isso quando ocorrem.
Assim é que, por conta da minirreforma eleitoral, que estendeu o prazo de filiação (para quem pretende concorrer) até o final de março, há apenas duas explicações possíveis para o fenômeno: os partidos estão escondendo filiados, o que é uma estultice, pois não há razão plausível para isso, ou então…
Bem, talvez o entusiasmo de militantes com uma vontade imensa de aparecer na mídia tenha sido inversamente superior à realidade. Para ser bondoso, claro, pois a alternativa seria bem pior, vamos convir.
Objetivamente, quem era grande continua grande, quem não era, segue menor. Até prova em contrário. Ponto.
POUCO, MAS CAIU
Estatística atualizada do Tribunal Superior Eleitoral, com dados até 30 de setembro, aponta queda (residual, mas redução) no número de eleitores habilitados em Santa Maria. Dos 201.107 do final de agosto para 201.085 um mês depois. Nada que ameace a possibilidade legal de segundo turno. Ao menos por enquanto.
RISCO DE VALDECI
O adiamento (mais um) da votação do projeto que reduz o teto para pagamento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) livrou o deputado Valdeci Oliveira de uma saia justa. Lideranças sindicais e da própria OAB temiam que a proposta fosse votada e o voto do petista era contrário. Assim, uma derrota poderia entrar na conta política dele.
(BOM) CONCEITO DA…
Pipocaram protestos em Santa Maria, desde o final de semana, por conta da falta de energia elétrica em várias regiões da cidade. Foram ao menos meia dúzia de manifestações, todas tendo como alvo prioritário a concessionária de energia elétrica AES Sul – e a demora na religação. Mas, pelo menos do Legislativo, a empresa não pode se queixar.
…AES SUL NA CÂMARA
Na sessão de terça-feira, a rigor, todos os edis que se posicionaram, ao mesmo tempo em que elogiaram os trabalhadores (que, por sinal, também não eram alvo dos protestos de rua), praticamente levaram livre a concessionária. Com uma única exceção, nota-se no noticiário da Câmara: o tucano Admar Pozzobom.
Risco Valdeci por qual motivo, ele não compareceu à sessão?
Muita gente P. da vida com a AES Sul, não sem razão. Alguns tentam tirar proveito político (agências reguladoras não funcionam), outros usam imbecilidades ideológicas (culpa da privatização, como se a CEEE não tivesse um monte de problemas).
O busílis é que as pessoas só se preocupam com os problemas quando a água bate no queixo. Aí descobrem que existem árvores que deveriam ter sido podadas, que poste de madeira tem vida útil (antes só dizem que tem que ser tudo subterrâneo porque rede aérea é "feio").
Manifestações, reprovações morais infantis em microfones, tudo isto além de ser bobagem é perda de tempo, daqui dois meses ninguém mais dá bola. Caso mais evidente é em Porto Alegre. Guaíba chegou a 3 metros acima do nível normal. Durante anos discutiram a demolição do muro da Mauá. As bombas de recalque por milagre ainda existem, só que ninguém lembrou de colocar um gerador para alimentá-las, energia vinha pela rede comum. Esqueceram o quê? Em 1941 choveu quase 800 milímetros e o Guaíba foi a 5 metros acima do normal.
E na aldeia? Década de 80 foi conturbada. Num La Niña cidade ficou sem água, noutra ficou com muito pouca água. Coisa de três meses sem chuva. Rendeu a segunda barragem lá na serra. Muitas reclamações contra a Corsan (quem lembra?), esperou faltar água para aumentar o reservatório. Na ocasião que ocorreu interrupção total, preço da agua mineral foi para a casa do chapéu. No racionamento muita gente comprou caixas d'água adicionais ocasionando aumento de preço e falta do produto.
Outra ocorrência na mesma década: num El Niño choveu a cântaros e a água levou a adutora da Corsan junto. Conseguiram o milagre de faltar água durante uma enchente. Daí resolveram fazer outra adutora. CEEE também teve seus altos e baixos, só que a dependência de tecnologia era menor, não havia internet, canais de tv eram poucos. Telefone para reclamar era difícil, era necessário entrar numa fila, expansão era de tempos em tempos e na aquisição era necessário comprar ações, virar sócio.
Boa ocasião para usar o discurso "crise? crise mesmo era na minha época!"
Ou então…a lista atualizada a partir de 20 de Outubro deve estar mais correta. Essa não é de final de setembro?
NOTA DO SÍTIO – é possível, Mario. A coluna tratará desse assunto, também amanhã.