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A “minha” Guerra do Vietnã – por Carlos Costabeber

Enquanto lia a reportagem da “Veja” sobre os 50 anos do inicio da Guerra do Vietnã, fiz uma volta no tempo, até o ano de 1967.

Na época, além de cursar o 1° ano de Administração da UFSM, fui aluno do NPOR do Regimento Mallet.

Por isso, enquanto estudávamos as artes militares, o mundo vivia a primeira guerra não declarada; uma guerra não convencional: era a Guerra do Vietnã !

Lembro bem que me considerava “anti-comunista” (acho que por influência de tantos anos estudando em um colégio católico, o Santa Maria), e torcia para que os americanos em pouco tempo saíssem vitoriosos.

Hoje, depois de meio século, se pode avaliar o tamanho do erro dos Estados Unidos em terem entrado nesse conflito. Lá morreram 50.000 soldados americanos (e um número muito superior em feridos graves), gastaram bilhões de dólares, destruíram o Vietnã e ainda abriram as portas para a disseminação das drogas no continente americano.

Mas, o que para mim sempre ficou marcado, é que era a minha geração que estava sendo enviada para morrer nas selvas do sudeste asiático, lutando por uma causa que se mostrou infrutífera.

Enquanto escrevo essas linhas, ouço a música que marcou a minha vida: “ERA UM GAROTO QUE COMO EU, QUE AMAVA OS BEATLES E OS ROLLING STONES” (MAS QUE MORREU NA GUERRA DO VIETNÃ), numa versão do grupo gaúcho “Engenheiros do Hawaii”.

Mas, em 1967 outra guerra muito importante explodiu em junho: a GUERRA DOS 6 DIAS”. Esse foi um confronto muito rápido, que culminou com as destruição, pelos israelenses, dos exércitos aliados árabes.

Lembro bem que aquela ação de Israel nos deixou impressionados. Ainda mais que o saudoso colega Roberto Knijnick, de origem judaica, encheu o mural do quartel com fotos de aviões e blindados israelenses.

Me perdoem por retroceder no tempo, ao me sentir motivado por uma reportagem da Veja, a escrever sobre as memórias da caserna; um período conflagrado mundialmente, e que marcou a minha geração. E em especial àqueles jovens de 18 anos (da turma, só o Tarso Genro tinha 20), que eram alunos do NPOR do “Velho Regimento”.

“Bons Tempos”!!!!!

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2 Comentários

  1. Se é para rememorar, tudo bem. Época de muita discussão política, uns mais lights outros mais espevitados. Lembro do Serro, Mascarenhas, Tarso, Dreon e nós. Que foi uma convivência fraterna, isto foi. Grandes amizades se fortaleceram. Quanto a idade, eu e Tarso somos da mesma faixa. Quanto a música, desde aquela época eras do rock, os teus sessenta foi uma demonstração inequívoca da boa música sempre lembrada e forte de nossa geração.

  2. E os EUA continua, do alto dos seus pódios, exibindo o mais poderoso arsenal bélico, gastando trilhões em guerra,criando crises econômicas para si e para os países do mundo, deixando mais de 45% de seus compatriotas na miséria, enlutando famílias c/ a perda de seus filhos e filhos de outras pátrias, deixando atrás de si rastros de devastação, destruição, doenças e tb condenando inocentes aos mais atrozes sofrimentos e ainda ajudados por igual por seus irmãos de força e de poder, seus aliados, em nome da justiça e gestos altruístas de salvadores do mundo, como está acontecendo no Oriente Médio e não sei se num futuro que está porvir não voltarão seus olhos para a América Latina como foi no tempo da ditadura, engordando nossas dívidas com ajuda financeira. “Somos um país tropical abençoados por Deus.” Espero que nossas decisões sejam tomadas nos nossos quintais por nós mesmos e que não sirvamos de quintal para os EUA.

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