É a situação do funcionalismo estadual gaúcho. A melhor informação é que, ao amanhecer de segunda, cerca de dois terços dele terá recebido o salário de novembro integralmente. A partir daí, convenhamos, é algo meio surreal. Conforme o salário de cada um, o pagamento pode se dar em até cinco frações, ao longo do dia, conforme for entrando troco nas burras do Estado.
A quitação dependerá, basicamente, da confirmação do repasse de R$ 302 milhões oriundos da GM, conforme lei aprovada terça passada, na Assembleia. Pode acontecer ou não, no primeiro dia da semana. Até a última sexta, o governo tinha R$ 600 milhões em caixa para pagar o funcionalismo (a folha, líquida, se aproxima de R$ 1 bilhão) e já contava como certo atrasar a parcela da dívida com a União (R$ 270 milhões), além de troco devido a municípios (transporte escolar) e hospitais, por exemplo.
Que situação, essa, hein? Ah, a história está bem contada em reportagem publicada neste sábado, na versão online do jornal Zero Hora. A imagem é de Reprodução. Acompanhe:
“Extratos de servidores estaduais mostram fracionamento dos salários de novembro…
… Servidores que consultaram, neste sábado, seus extratos de pagamento confirmaram que o pagamento de novembro entrará na conta fracionado. O anúncio foi feito na sexta-feira pelo governo estadual, que depende ainda da GM para quitar a folha em dia.
No extrato do escrivão da Polícia Civil Marcos Kaefer, de 46 anos, aparecem três lançamentos programados de R$ 1.450, R$ 650 e R$ 400, todos para segunda-feira. Morador de Cruz Alta, ele conta que a forma encontrada pelo governo estadual para pagar o salário acaba prejudicando os servidores.
— No meu caso, o que mais atrapalha são as contas fixas, como prestação de aluguel, carro e escola de filho, que são pré-datadas. E aí já estoura tudo, entra no vermelho com certeza — diz.
O fracionamento — previsto para ocorrer em até cinco partes ao longo do dia — foi a forma encontrada pelo Palácio Piratini após a confirmação de que a transferência de R$ 302 milhões da General Motors (GM) para o Tesouro estadual só se concretizará no início da próxima semana. Existe a possibilidade de atraso, se a verba da GM demorar mais a entrar no caixa.
Como a ordem de crédito precisou ser encaminhada aos bancos até o fim da tarde de sexta-feira e não havia dinheiro suficiente em caixa, os técnicos programaram depósitos fracionados conforme a faixa salarial de cada funcionário.
Na sexta-feira estavam garantidos R$ 600 milhões, enquanto a folha tem custo de R$ 1,2 bilhão com encargos e consignações.
Com isso, parte dos funcionários receberá integralmente logo cedo, na segunda-feira. Os demais, segundo fontes do Piratini, serão contemplados à medida que a verba da GM entrar nos cofres do Estado, nas horas subsequentes...”
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