ESTADO. Mais encrenca a caminho, para Sartori, no novo pacote que deve enviar à Assembleia Legislativa
![No Palácio Farroupilha, haverá resistência a novas medidas. Enão só apenas na oposição](https://img.claudemirpereira.com.br/2015/11/assembleia-sartori.jpg)
Nesta terça-feira, pela sexta vez seguida, o Palácio Piratini tentará aprovar o aumento do teto das Requisições de Pequeno Valor (RPVs), ampliando o conjunto de gaúchos que ficará esperando pelos precatórios não pagos pelo governo. Até aqui, faltaram votos para aprovar e deputados dispostos a tratar do assunto – fatores que impediram o quórum necessário para apreciação.
Ainda assim, o próprio Governo já disse que enviará mais projetos do chamado “ajuste das contas públicas”. Serão medidas duras, ao que tudo indica. É o que espera até a própria base aliada, que não parece exatamente disposta a dar um “cheque em branco” para José Ivo Sartori. Sobre tudo isso, vale conferir a elucidativa reportagem publicada no final de semana pelo jornal Correio do Povo. O texto é de Flávia Bemfica, com foto de Bruna Cabrera. Acompanhe:
“Novo pacote de Sartori vai enfrentar resistência na Assembleia
Por diferentes motivos, o governo do Estado vai enfrentar mais resistências da base aliada quando encaminhar novo pacote de medidas ao Legislativo. Segundo o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, o pacote chegará à Assembleia nesta primeira quinzena de novembro. Mas, em parte significativa das bancadas aliadas, a avaliação é de que já há excesso de propostas polêmicas ou impopulares (ou ambas) enviadas pelo governo e que precisam ser apreciadas ou retiradas da pauta neste final de ano legislativo.
“O momento não é o mais adequado porque o governo não tem conseguido uma base sólida de apoio. O problema é que o remédio amargo está deixando de ser provisório e se transformando em permanente. Neste ritmo, o governo logo, logo, não tem mais como aprovar nada. O que a base precisa é de uma agenda positiva”, admite o líder do PDT na Assembleia, deputado Enio Bacci. Segundo ele, ao invés de novos “remédios amargos”, o governador poderia “se comprometer a nunca mais parcelar salários”, avaliando opções entre as disponíveis, como a de acionar o Banrisul.
Mesmo que de forma menos objetiva, o líder do PP no Legislativo, deputado Sérgio Turra, também demonstra receio em relação a um novo lote de projetos. “Por enquanto, não temos ideia do que contempla este novo pacote. Então, se ele vier, não sei se este seria o momento mais adequado ou não. Se, por exemplo, não interferir no andamento do projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal estadual, não vejo problema. Mas, se interferir, é necessário avaliar.”
“No nosso entendimento, o governo precisa elencar prioridades. Minha sugestão será no sentido de elencar as prioridades absolutas. É claro que não pode ser um número excessivo. Quem tem 50 prioridades na verdade não tem nenhuma”, resume o líder da bancada do PSDB, deputado Jorge Pozzobom.
Do mesmo modo que os colegas do PDT e do PP, Pozzobom diz ainda desconhecer o teor das novas propostas do Executivo. Informar aos parlamentares da base quais os projetos pretende encaminhar com antecedência mínima foi prática comum neste primeiro ano da administração de José Ivo Sartori (PMDB), e que funcionou como um dos fatores de tensão.
Base quer governador mais próximo
O que os parlamentares da base dizem nos bastidores é que gostariam que o governador José Ivo Sartori “aparecesse mais” no encaminhamento das propostas e nas articulações, hoje a cargo principalmente do secretário-geral de Governo, Carlos Búrigo. “O pessoal se reporta muito ao Márcio (Biolchi, chefe da Casa Civil) e ao Búrigo. Ele não aparece muito, mas é na porta dele que todo mundo bate porque, na verdade, ele decide mais que o Márcio ou o Feltes (o secretário da Fazenda, Giovani Feltes)”, resume um dos deputados.
Descrito como “os olhos e ouvidos” do governador, foi a Búrigo que integrantes da base avisaram, por exemplo, que caso o Executivo insistisse em estratégias para “protelar” o processo de cassação do deputado Diógenes Basegio (PDT), como havia articulado com parte de líderes pedetistas, perderia pelo menos cinco votos (três do PSB e mais dois do PDT) na base. As discussões racharam não só o PDT, mas também o PMDB. O líder do governo na Casa, deputado Alexandre Postal, e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Gabriel Souza, que trabalhavam para que a decisão se arrastasse até a metade de 2016, foram vencidos pelo presidente do Legislativo, deputado Edson Brum (PMDB), que bancou a continuidade do processo de cassação. Agora, com exceção do deputado Ibsen Pinheiro, que foi “liberado”, a bancada peemedebista deve votar pela cassação de Basegio…”
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Faltou dizer que o PT é contra a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual e vai utilizar os sindicatos dos servidores (via CUT)para fazer pressão. Não é só salário, existe uma baboseira sobre "neoliberalismo". Gastar só o que é possível virou batalha ideológica. Impede "pedaladas" também. Alás, servidor tirar empréstimo para receber salário e o governo pagar a conta depois, ao menos na minha perra opinião, também é pedalada.
Enquanto isto, governo federal trancou (em alguns casos) 50% das verbas do Sistema S. Talvez devolvam alguma coisa se o atendimento for extendido para a população (menos recursos para uma clientela maior). Sistema está quebrando rápido, já estava mal devido a problemas com o PRONATEC, mais desemprego. Resumo: são incompetentes, não conseguem fazer nada funcionar direito, só querem grana e assumir o que está funcionando (eventualmente deixa de funcionar, óbvio).
Os 3000 cargos de confiança que iriam ser extintos? Mentira.
No RS coisa não está boa. Taurus (que também fabrica ferramentas) fechou em POA, ficou com a fábrica de São Léo (desemprego). MWM fechou a fábrica no RS (são motores), mais 600 na rua. RBS andou acabando com o call center, mais desempregados.