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JUSTIÇA. Não só a OAB, mas também entidades dos servidores decidem contestar redução do teto de RPVs

Servidores marcaram presença na Assembleia Legislativa, no processo de votação da proposta
Servidores marcaram presença na Assembleia, no processo de votação da proposta

O resultado é imprevisível, embora o otimismo demonstrado pelas lideranças da seção gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil. Mas o fato é que a OAB terá companhia na demanda junto ao Supremo Tribunal Federal, visando ao cancelamento da lei aprovada na última terça-feira (e esperando sanção do governador José Ivo Sartori), e que reduz o teto para o pagamento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs).

Em reunião ampla nesta quinta-feira, sindicatos dos servidores estaduais decidiram, a partir de suas entidades nacionais (habilitadas legalmente para tanto), também questionar o que a Assembleia Legislativa aprovou. E vão contatar a OAB para “afinar” as razões a ser alegadas, como você pode conferir no material publicado originalmente no jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Jaqueline Silveira, com foto de Mariana Carlesso, da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa. A seguir:

Sindicatos vão ao STF para barrar lei sobre redução do teto das RPVs

A coordenação do movimento unificado dos servidores públicos estaduais se reuniu, na manhã desta quinta-feira (12), e decidiu ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) no Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a lei que reduz o teto do pagamento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) de 40 (R$ 31.520) para 10 (R$ 7.880) salários mínimos. O projeto foi aprovado  na última terça-feira (10) na Assembleia Legislativa pela diferença de um voto. O governador José Ivo Sartori (PMDB) tem até 15 dias para transformá-lo em lei a partir da chegada ao Palácio Piratini.

O Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) ingressará com a ADIn, por meio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), e a Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado no RS (Fessergs) via Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP). Isso porque para mover uma ação no SFT é necessária uma entidade com abrangência nacional. Também contrária ao projeto, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) gaúcha já anunciou que irá recorrer, por meio do Conselho Federal da OAB, ao Supremo.

Presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud disse que, a partir da decisão, as assessorias jurídicas dos sindicatos irão trabalhar na elaboração das ações e também irão se reunir com a OAB para apresentarem argumentos em sintonia. “Vamos entrar (com a ação) de uma forma mais homogênea para que não entremos em contradição”, justificou Arnoud. Sindicatos e a OAB sustentam que a lei é inconstitucional. Logo depois da decisão da Assembleia, o presidente da Ordem, Marcelo Bertoluci, afirmou que a aprovação do projeto pelos deputados “foi uma completa violação à Constituição.” O advogado argumentou que alterações feitas na Constituição em 2010 vedam os Estados de reduzir valores das RPVs. “Nós vamos apontar os pontos que consideramos inconstitucionais e vamos derrubar essa lei”, completou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, esclarecendo que, a partir das alterações em 2010, os Estados teriam 180 dias para regulamentar o teto das RPVs e que esse prazo já venceu.

Com a nova legislação, aumentará a fila dos precatórios. Atualmente, os credores abrem mão do valor que excede os 40 salários mínimos para receberem mais rápido, evitando o pagamento por precatórios, que leva anos para serem quitados pelo Estado. O pagamento das RPVs será feito em de 60 dias. Antes, o prazo era de 180 dias. Com a nova lei, idosos acima de 60 anos e credores com doença grave ficarão prejudicados. Hoje, esses grupos têm preferência na fila para receber o equivalente a três vezes o teto das RPVs, no caso 120 salários mínimos (R$ 94.560), mas pelo projeto aprovado, esse valor cairá para R$ 23,6 mil, o correspondente a 30 salários mínimos. Acima desse texto, os valores se transformarão em precatórios. Para apresentar o projeto, o Executivo alegou a crise financeira e, ainda, que há uma elevação nos gastos com RPVs, que em 2015 deverá alcançar cerca de R$ 900 milhões. O Piratini também justificou que os gastos com as requisições e precatórios atingiu um percentual de quase 4,5% da receita líquida de 2014…”

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