Dependendo da fonte, foram 200 ou 150 pessoas. Não se contam aí, os agentes de segurança pública mobilizados. Teriam sido algo como 30. Isso em Santa Maria, onde o evento pedindo o impeachment de Dilma Rousseff (e uma meia dúzia querendo inclusive a intervenção militar, o que denota o interesse desse pequeno grupo na volta da ditadura que impediria a livre manifestação de todos os que estavam no protesto).
Assim foi em Santa Maria a manifestação dominical. Minguada, mirrada. Ou, simplesmente, um fiasco. Que não mereceu, embora as palavras anteriores ao fato, sequer uma foto no perfil de Feicebuqui do Movimento Brasil Livre (a organização direitista que se propugnava organizadora das manifestações).
Aliás, assim foi em outros eventos programados para a domingueira. Segundo o jornal Zero Hora, foram 100 em Porto Alegre. E 2 mil em Brasília, onde um grupo está acampado há um tempão, pedindo o afastamento da Presidente. E números igualmente miseráveis em outros atos marcados pelo país.
O que isso significa?
Há uma conclusão óbvia. E outra nem tanto. A mais evidente é que a pretensão não se sustenta politicamente. E quem perdeu a eleição de 2014 terá que esperar 2018 para tomar o poder. Inclusive porque o próprio Exército defenestrou do seu Feicebuqui uma das lideranças de extrema direita oposicionista, Olavo de Carvalho, por ser desbocado, ofensivo, sem educação e grosseiro nas suas críticas absolutamente fascistas a essa instituição da vida nacional.
Mas há, também, algo que não é dito, e que poderia bem ser aproveitado pela oposição para trazer propostas objetivas ao País. Sim, o vexame numérico da oposição pró-impeachment, não significa que esteja tudo as mil maravilhas. Há problemas. Sobretudo na condução da economia. Que faz da classe média (praticamente a unanimidade dos presentes aos protestos) a sua vítima maior. O diabo, para os manifestantes, é que a proposta da oposição é justamente aquela que o governo está implementando: arrocho e liberdade total, sem proteções (além das institucionalizadas) aos setores médios e aos mais pobres da população.
Isso, sim, é um problema. Que não tem solução imediata. Mas que bem poderia ser o objeto de uma proposta séria e democrática. E não apenas um gritedo que começa a se esvair na sua insignificância aritmética.
Nada do que esta aí esta fora da conta. As melhores análises previam dois resultados: ruptura ou estagnação.
Oposição está perdida sem dúvida, praticamente inoperante. Só existe um problema. Quais são as propostas da situação (além de escapar do impeachment)? Propaganda de 5 em 5 minutos(Minha Casa Minha Vida por exemplo) em veículos distintos? Para isto não falta dinheiro? Mais tributos para o "crescimento"? Ou seja, mais marketing e mais mentiras.
Outra: governo estaria implantando a mesma proposta da oposição. Inverdade, para ser educado. Isto é uma desculpa sacana para dizer que as coisas não poderiam ser diferentes. Governo começou o ano prometendo economizar 66 bilhões, revisou a meta para 8 bilhões e deve terminar o ano aumentando a dívida em 52 bilhões.
Crise atinge mais o andar de baixo. Simplesmente porque não tem onde cortar, a inflação alta come a renda. Acabam se endividando, não tem outro jeito.
Existe ódio contra a classe média em determinados setores. Uma "filósofa" até verbalizou o sentimento. Muita gente esclarecida, batalhararm para chegar onde estão (não como certos políticos que conseguiram melhorar de vida enganando os outros). Não nasceram para gado de um partido. Não seriam enganados com um bolsa família. Não seriam cooptados com dinheiro do BNDES como certos empresários (montadoras ganharam mais 3 bilhões outro dia, para isto tem dinheiro). São basicamente um "estorvo".
Descrédito na política cada vez maior, desagregação do país enquanto nação idem. Tanto faz, o "objetivo" é a manutenção do poder, o resto que se dane.
Enquanto isto, a China Three Gorges Brasil energia comprou duas hidrelétricas por R$ 1,75 bilhão de reais (preço das duas, não individual). Assumiu um dívida de 700 milhões de reais no bolo. A referida empresa tem participação em três outras usinas (metade em duas e um terço na outra) e 11 parques eólicos.
Melhor aprender mandarim antes que o partidinho aquele venda o Brasil de porteira fechada.