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Opinião Pública – por Carlos Costabeber

Na história recente do Brasil, vivemos alguns momentos inesquecíveis de mobilização popular. Primeiro foi o “Diretas Já”, e pouco depois, o “Fora Collor”. Passado um longo período, em junho de 2013, tendo como estopim o aumento nas tarifas do transporte público, os brasileiros voltaram às ruas numa onda de protestos que surpreendeu pela dimensão e violência. E o que chamou a atenção: as convocações eram feitas através das redes sociais, e não havia lideranças conhecidas nacionalmente. Tudo era espontâneo, rápido,  imprevisível. Mas, assim como apareceram, esses movimentos foram perdendo a força.

Já neste ano, a população voltou a se manifestar nas ruas, pedindo o impeachment da Presidente, gerando muita intranquilidade no Governo Federal. Mas, mais uma vez, o movimento popular foi perdendo força quase que por completo.

Agora, a sociedade brasileira vem sendo surpreendida diariamente com noticias estonteantes sobre a corrupção na Petrobrás e em empresas e instituições públicas. Como diz um amigo de Brasília: “quando se puxa uma pena, vem uma galinha”. Já o Ministro Gilmar Mendes afirmou mais ou menos o seguinte: “julgamos e condenamos os envolvidos no “mensalão”, tido como o maior escândalo de corrupção no Brasil. Só que o “mensalão” é fichinha perto do tamanho do “petrolão”.

Mas o que chama a atenção é a relativa passividade dos brasileiros. As notícias estão presentes em todas as conversas, mas não têm passado disso. A apatia é generalizada, como se esses bilhões que foram desviados não estivessem fazendo falta agora nos hospitais, nas escolas e na segurança pública; áreas que vivem uma penúria assustadora, deprimente.

Felizmente, existem duas exceções que, no fundo, refletem diretamente o pensamento enojado de todos os brasileiros: a imprensa e as redes sociais. Esses são dois canais que têm mantido sob constante pressão, tanto corruptos como corruptores. É a tão temida “Opinião Pública”, que tem tirado o sono dos safados, e dado um alento, uma esperança de que um dia eles sejam julgados, condenados e presos.

E, assim, em poucos anos se possa ter um país melhor e mais justo. Essa é a força mágica que tem levado o Governo, congressistas e o Judiciário, a sempre levarem em conta em suas decisões, o sentimento representado pela Opinião Pública (o fato mais recente foi a decisão do Senado, em referendar a decisão do Supremo sobre a prisão do Senador Delcidio do Amaral).

 

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Um Comentário

  1. Análise superficial do problema. Não abarca dois casos maiores de todos na corrupção: HSBC e Zelotes. Coincidentemente dois casos em que não há pessoas ligadas ao PT e às empresas que pertencem ou tem gestão do Governo Federal. Os dois blindados pela mídia aberta e pelos blogues da mesma, cabendo somente aos blogues "sujos" o ecoar das medidas. Os dois dão a dimensão de onde ocorre a maior corrupção (lembrete: sonegação, elisão, elusão e evasão são corrupções que sangram o contribuinte duplamente por cobrarem os impostos devidos e não recolherem aos cofres de onde sairiam benefícios para eles. Os dois casos somam 40 bilhões de reais… fazendo com que petrolão, trensalão, mensalão do PT e do PSDB sejam considerados trocos e sem o estardalhaço que mereceriam não envolvessem todas as instituições que hoje se arvoram em paladinas da ética anticorrupção (há de juizes a jogadores de futebol, de grandes conglomerados industriais, comerciais e financeiros a redes de comunicação)!
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