Seria uma oportunidade de o PMDB firmar uma posição. Tanto acerca do momento atual, quanto em relação ao futuro próximo ou distante. Mas, se em circunstâncias normais isso já seria difícil, dado aos interesses variados dos consorciados à agremiação, imagina num momento especialmente frágil de um de seus mais graduados integrantes, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Assim, o que mesmo irá acontecer amanhã, no Congresso Nacional da Fundação Ulysses Guimarães é um “pisar de ovos”, como se pode deduzir do material produzido e publicado no portal Fato Online. Vale conferir a reportagem de Iva Veloso, com foto de Reprodução. A seguir:
“Estrelas do PMDB se únem e barram discussões sobre Cunha e desembarque do governo…
…Sempre dividido, o PMDB reúne nesta terça-feira (17) as principais estrelas do partido para comemorar os 50 anos da sigla e debater, durante Congresso da Fundação Ulisses Guimarães, mudanças no estatuto e o documento “Uma Ponte Para o Futuro”, lançado no final de outubro com propostas nas áreas econômica e social. Temas como as denúncias envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o desembarque do governo federal devem permear as discussões perifericamente, mas não serão debatidos formalmente pelos participantes do Congresso.
“Não é o fórum adequado para isso”, avalia o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), para quem “o papel da Fundação é debater propostas e programas”. Isso, no entanto, não impedirá que temas mais incômodos sejam colocados em pauta durante a reunião. “Não existe assunto proibido”, comentou o senador Jáder Barbalho (PA) ao falar sobre a expectativa para a reunião.
O presidente nacional do partido e vice-presidente da República, Michel Temer, deve chegar por volta das 11 horas. O documento “Uma Ponte para o Futuro” será o ponto principal da fala de Temer durante o Congresso. Ele apontará as propostas elencadas como uma colaboração do partido para que o país consiga sair da crise econômica. Temer quer apoio dos integrantes do partido para um programa próprio, independente do que vem sendo implementado pelo governo petista.
Um dos principais problemas de Temer será o senador Roberto Requião (PR), que já anunciou, da tribuna do Senado, que deverá contestar o documento do PMDB. Requião já enviou à Fundação críticas à proposta lançada pelo partido e chamou o documento de “besteira”. “É um instrumento de dominação da banca no Brasil. Esse documento é uma vergonha! ”
O senador Ricardo Ferraço (ES), embora discorde do documento, não pretende discutir a proposta. “Isso vai adiantar o quê? Qual o efeito prático disso?” questiona. Com um pé fora do partido, o senador capixaba acha que o PMDB precisa se responsabilizar com o que faz. “O PMDB foi sócio de tudo que está aí. Em nenhum momento procurou construir uma aliança em cima de propostas”, criticou.
Desembarque do governo
Um outro tema que poderia criar constrangimento ao vice-presidente Michel Temer ou à ala governista do PMDB seria a proposta de desembarque imediato do partido da base do governo. A ideia vinha sendo defendida pelo presidente da Câmara, que chegou a estimular os diretórios regionais a pressionarem a Executiva do partido para colocar o tema em pauta. No entanto, alguns peemedebistas avaliam que com o enfraquecimento de Cunha essa proposta deve ser deixada de lado…”
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Requião quando governador do Paraná nomeou um irmão superintendente do porto de Paranaguá, outro irmão secretário de educação, a esposa diretora de museu, um primo diretor da empresa de saneamento e um sobrinho assessor da empresa de habitação.
Tempos depois foi questionado por um jornalista sobre a aposentadoria de ex-governador acumulada com o salário de senador. Tomou o gravador da mão do jornalista. Acabou devolvendo depois de um grande bafafá.
Só que nesta ele acertou, o documento é uma bobagem. Desindexar os benefícios da previdência do salário mínimo é criminoso ainda por cima.