O Partido da Mulher Brasileira é o 35º partido devidamente legalizado no Brasil. Quer dizer, deu trabalho para construí-lo, no mínimo para garantir a burocracia necessária. Aí, você pensa: no mínimo vai defender ideias que levem à emancipação política feminina, com tudo o que isso significa.
Bueno, pelo menos o presidente é Mulher. Já sua composição, que cresceu estupidamente em menos de dois meses, tem 21 deputados federais, mais que muita sigla “criada”. Só que… primeiro, são 19 homens na agremiação. E, mais surpreendentemente, suas ideias são…
Bem, melhor você conferir o material publicado no portal Justificando.Com, com informações da Agência Publica. Cuidado para não levar susto. As fotos são de Divulgação. A seguir:
“Partido da Mulher Brasileira não levanta a bandeira feminista…
…Apesar de o momento político ter levado diversas mulheres a se manifestarem pela garantia dos seus direitos nas ruas e nas redes sociais – com as campanhas #primeiroassédio e #meuamigosecreto –, o recém-criado Partido da Mulher Brasileira (PMB) não é feminista. “Ele é um partido feminino”, explica Suêd Haidar, presidente da legenda que surgiu há quase três meses, em 29 de setembro, em entrevista à Agência Pública.
O PMB é o 35º partido registrado no Brasil e tem como bandeira o aumento da participação das mulheres nas instituições políticas. Mas, em seu curto tempo de existência, o PMB já foi alvo de polêmicas. Dentre 22 parlamentares filiados até agora, há apenas duas deputadas federais. No dia 10 de novembro, o senador Hélio José (DF) fez um discurso no plenário para anunciar a sua filiação e foi bastante criticado por uma de suas afirmações. “Eu, como homem, tenho o prazer de estar neste partido, para lutar pelos direitos sociais de todas as pessoas que vivem nesta terra, principalmente as mulheres. O que seria de nós, homens, se não fosse uma mulher ao nosso lado, para nos trazer alegria e prazer?”, disse.
A presidente explica que usará o Fundo Partidário do PMB para a criação de escolas políticas e formação de militância. Haidar esclarece que a legalização do aborto e a inclusão das discussões de gênero nos planos educacionais não são pautas do PMB. “Essa questão da violência contra mulher não pode ser, nesse momento, e em nenhum momento, discutida numa sala de aula com crianças de 10 anos de idade”, declara Haidar. “Isso não existe.”
A maranhense de 59 anos construiu uma trajetória política de base, foi filiada ao PDT e ao PCdoB, onde se lançou como pré-candidata ao Senado em 2010. Ela conta que sua candidatura não foi formalizada e que foi usada para preencher a nominata para o partido obter tempo de televisão. Foi isso que a motivou a criar o PMB. Hoje ela não possui cargo legislativo. Mora há 38 anos no Rio de Janeiro e, desde 2008, deu início às andanças pelo país para angariar apoio para a criação do partido.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, houve uma negociação na criação do PMB. Esse acordo definiu que metade do fundo partidário destinado ao partido iria para os diretórios regionais e os parlamentares poderiam manejar os recursos desses diretórios caso entrassem no PMB. Isso é verdade?
Isso não é verdade. O fundo partidário é pra quê? Não é pra fazer política partidária, fazer o crescimento e o desenvolvimento do partido, qualificar as pessoas, fazer programa de televisão? Enfim, fazer esse caminhar do partido? O que não podemos fazer é pegar o fundo partidário e comprar um helicóptero. Isso jamais poderemos fazer. [No mês passado, segundo a Folha, o PROS gastou R$ 2,4 milhões do Fundo Partidário para comprar um helicóptero]. O que não podemos fazer é pegar o fundo partidário e aplicar num banco lá no exterior. Agora, se está na lei que nós temos que usar o fundo partidário para fazer o crescimento e o desenvolvimento do partido, se existe isso no nosso estatuto, nós vamos cumprir. Claro que as pessoas não estão tão satisfeitas em função de alguns parlamentares terem migrado [para o partido], parlamentares que vieram para o partido e aceitaram a nossa proposta, que aceitaram a nossa filosofia e vieram. Nós não saímos oferecendo pacotes de nada para ninguém. Infelizmente, quando é um projeto novo, alguma coisa nova, claro que é desafiador e as pessoas que perdem não aceitam. Estamos abertos para receber todos os homens e todas as mulheres de mandatos de todo o território brasileiro. Nós não podemos impedir o detentor do mandato de vir para o nosso partido. Eles querem vir e nós vamos agregar a todos. Só o caminhar vai determinar se essa pessoa continuará ou não ou se o partido continuará também caminhando com essa pessoa ou não. Isso nós vamos trabalhar muito claro, em conjunto…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.