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Em busca do oceano azul – por Luciana Manica

O final do ano se aproxima. Noventa por cento das empresas sobreviventes já estão programando a festinha de encerramento do ano, as férias coletivas, ou na expectativa da suspensão dos prazos forenses. Resumo: para a maioria, o que passou, passou e não há mais tempo para mudar em 2015. O ano novo vem aí. Com a ressalva de que, para muitos brasileiros, infelizmente, a retomada se dá apenas após o Carnaval.

Mas esse período é o momento de refletir: o que erramos, porque nos equivocamos, o que mudar, analisar o que de fato colhemos com nossas escolhas. Essa parada estratégica serve para sabermos se mantivemos o foco nos nossos objetivos e o que é preciso fazer para chegar lá. Diversas técnicas e modos de procedimentos são aplicados no mundo empresarial para se alcançar o alvo, mas também serve para avaliarmos nossa vida pessoal.

Claro que a complexidade de uma empresa não possui um só objetivo. Diversos são os setores que precisam estar em sintonia para que tudo dê certo. As falhas, imprevistos, obstáculos são diversos e devem ser estudados previamente para se vencer todas as intempéries. Grosseiramente, estamos falando aqui de planejamento estratégico, que se trata de olhar a empresa, identificando oportunidades e ameaças, pontos fortes e fracos para o cumprimento de sua missão.

Há também o planejamento estratégico de marketing, o qual deve estar alinhado com as estratégias da companhia. Um estudioso no assunto (Porter) nos ensina que o sistema de planejamento estratégico deve se concentrar no posicionamento competitivo e não apenas em detalhes operacionais e financeiros. Isso evita que o trabalho seja executado sem visão de futuro, e sem acordo com as estratégias coletivas.

Aprofundando um pouco o tema, Kim e Mauborgne criaram a estratégia do Oceano Azul: como obter um crescimento sustentável e lucrativo, para avançar o marketing-share do mercado, trabalhando numa forma para tornar seus produtos/serviços diferenciados em meio à concorrência. Eles identificaram uma competição violenta e até desleal das empresas, chamando-a de “oceano vermelho”.

Passaram então a pregar a máxima: “não concorra com os rivais – torne-os irrelevantes”. Sabendo que é cada vez menor a probabilidade de uma estratégia convencional se transformar em crescimento lucrativo no futuro, nos brindaram com a tese do oceano azul. Mas o que é isso mesmo? A conquista de espaços inexplorados de mercado!

Du Pont, Swatch, General Electric e Accor, reinventaram seus setores, sendo pioneiras do oceano azul. Destacaram-se por passarem por mudanças e rupturas significativas nas atividades ofertadas. O objetivo desta estratégia é criar um oceano azul particular, ao construir ou descobrir um mercado inexplorado onde a empresa ou o profissional possa atuar sozinho, sem concorrentes, pelo menos durante algum tempo.

Atinge-se o oceano azul por meio da análise do mercado, das necessidades dos clientes, e do desenvolvimento de um novo conceito de produto ou serviço, desde que esse possa ser criado pela organização, pelo talento dela. A empresa deve focar em seu “core business”, agregando algo inovador. Deve passar a atender necessidades, ou construir um novo conceito oferecido de forma única no mercado. E aí, está esperando o quê? Faça seu planejamento, escute seus empregados, estude o mercado, organize “a casa” e se atire no seu oceano azul! Sucesso!

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