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OPINIÃO. A “malandragem” travestida de piada. O protagonista? Sim, ele mesmo, o tal de Eduardo Cunha

Eduardo Cunha, ameaçado na Câmara e no Judiciário, tenta uma incrível cartada político-jurídica
Eduardo Cunha, ameaçado na Câmara e no Judiciário, tenta uma incrível cartada jurídica

Ao contrário da Presidente da República, Dilma Rousseff, sobre a qual não pesa uma investigação sequer, o congênere da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, está enrolado até o último fio de cabelo – inclusive sob ameaça de perder o cargo e o mandato, seja por improvável (ainda que não impossível) decisão de seus colegas ou por força judicial.

É exatamente neste front que o SuperCunha resolveu agir. Mas de que maneira? Bueno, vale conferir, a propósito, o que escreve o jornalista Juremir Machado, no texto disponível na versão online do jornal Correio do Povo. A foto é de Arquivo. A seguir:

A última piada do Eduardo Cunha

Malandro de carteirinha, Eduardo Cunha não dorme de touca nem descansa nas férias. Fica de plantão para armar algum novo golpe. Quando menos se espera, ele tira um novo coelho da cartola. A última do Cunha é de cabo de esquadra. Cunha é um clichê ambulante. Vende geladeira para esquimó e catedral para caipira. O ardiloso Cunha quer que o STF paralise as investigações sobre ele até o final do seu mandato como presidente da Câmara dos Deputados, em 2017.

Quer ter tempo para derrubar a presidente da República sem ser incomodado pela lei. Interessante são os argumentos contraditórios da defesa do cara.

Vale lembrar que o Brasil vive um momento especial. Advogados acostumados a ganhar milhões obtendo habeas-corpus para empreiteiros e famosos, publicaram uma carta chamando a Lava-Jato de inquisição por não permitir as escapatórias de sempre. A Lava-Jato descobriu que se é possível manter pobre, puta e preto na cadeia sem julgamento, o mesmo pode ser feito com rico, branco e dono de bordel de luxo. O STF tem confirmado as decisões do juiz Sérgio Moro.

O único defeito da Lava-Jato até agora é certo desinteresse pela plumagem dos tucanos.

Eduardo Cunha quer ser aliviado das investigações por analogia com o famoso “parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição, segundo o qual o ocupante do cargo de presidente da República não pode ser responsabilizado, na vigência de seu mandato, por atos estranhos ao exercício de suas funções”. Até agora, os amigos de Cunha, defensores do impeachment da presidente Dilma, garantiam que a expressão “atos estranhos ao exercício de suas funções” não queria dizer fora do mandato vigente, mas atos de outra natureza. Por exemplo, crime comum derivado de qualquer coisa banal, um acidente de trânsito.

Mudou.

A nova estratégia de Eduardo Cunha liquida a tese de que Dilma poderia ser julgada pelas pedaladas do seu primeiro mandato. Sobram as pedaladas do mandato atual, que ainda não foram avaliadas pelo Tribunal de Contas da União e já foram regularizadas por legislação aprovada no Congresso Nacional no final de 2015. O malandro deu tiro no pé? Ou está pedindo água?…”

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