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ELEIÇÃO. Sem Farret, PP aponta para três caminhos, mas a candidatura própria, creia, é a menos provável

Reunião de quinta expôs as dificuldades do PP, com as dúvidas em relação ao futuro de Farret
Reunião de quinta expôs as dificuldades do PP, com as dúvidas em relação ao futuro de Farret

Pela segunda vez (a anterior fora em dezembro), o vice-prefeito José Haidar Farret deixou claro aos seus companheiros do Partido Progressista: “não sou empecilho para uma decisão e vocês podem pensar num plano B para a prefeitura”. As palavras, que podem não ter sido exatamente essas, mas continham esse sentido, foram ditas na noite da última quinta-feira, no plenarinho da Câmara de Vereadores, lotado por integrantes do Diretório Municipal do PP.

A um observador desprovido das emoções próprias do militante, caso deste escriba, que assistiu a tudo, ficou bastante claro o sentimento dos pepistas. Torcem desesperadamente por uma vitória jurídica de Farret, algo que resolveria a questão. Ele é candidato a prefeito, tem o apoio de Cezar Schirmer e poderia levar junto o PMDB e, quem sabe, até mesmo outras siglas relevantes. Enfim, seria um concorrente viável para uma disputa que se prevê difícil.

Mas não é o caso. Há ralas esperanças de reversão judicial. Mais ainda: o próprio prazo projetado, o final de março, é impossível de ser garantido. Uma aposta possível, mas não certa. Então, o que fazer? Ora, fazer o que o líder propôs: buscar um plano B.

No encontro da semana passada, decidiu-se formar uma comissão (além do próprio Farret, fazem parte o presidente da sigla, Luiz Gonzaga Trindade, e os vereadores Sérgio Cechin, Paulo Denardin e Sandra Rebelato) que, até 11 de março, apontará um candidato a vice – de Farret. Este, na inviabilidade do atual vice, seria automaticamente guindado à condição de nome do PP para a Prefeitura.

Isso é o que se ouviu, naquela noite de verão. Conversando, depois, com lideranças importantes da sigla, este analista obteve algumas considerações que, para além do debate público, apontam para uma direção bastante diferente. As conclusões a seguir são do editor, que as banca para seus leitores.

1) OS PEPISTAS desconfiam, cada vez mais firmemente, que José Farret não concorrerá a prefeito. Aliás, ele próprio já admitiu, mais de uma vez, que, não obstante sua vontade, está mais interessado em resolver a sua biografia.

2) A COMISSÃO terá enormes dificuldades de encontrar um vice. Não que inexistam interessados em estar com o atual ocupante do cargo. Mas o risco de virar, de repente, candidato a prefeito (com a ausência de Farret) longe está de seduzir alguém.

3) REALISTICAMENTE, as principais lideranças pepistas tratam daquilo que o próprio Farret sugeriu. Isto é, um plano B. Mas aí também não há uma posição pacífica. Pelo menos duas vertentes existem, e nenhuma delas é a candidatura própria. Aliás, no mesmo encontro de quinta, pepistas disseram que o partido, nas últimas cinco eleições, só ganhou quando fez dobradinha com Cezar Schirmer. Como cabeça de chapa, perdeu (uma vez com Sérgio Cechin, outras duas com o próprio Farret).

4) NÃO EXISTE chance de o PP fechar com uma aliança governista liderada por Fabiano Pereira, do PSB, e com um vice do PMDB. Nesse caso, a posição do partido seria pra lá de secundária – o que não parece estar nos planos da maioria dos militantes e dirigentes.

5) O MAIS PROVÁVEL é uma tentativa de composição com o PSDB, mesmo que este formalmente esteja na oposição.  A ideia agrada aos tucanos e boa parte dos pepistas, que indicariam o candidato a vice-prefeito de Jorge Pozzobom. Que seria, provavelmente, um dos vereadores: Paulo Denardin, Sandra Rebelato ou Sérgio Cechin.

6) UMA HIPÓTESE mais improvável, mas não descartada, seria a união do PP com o ex-vice-prefeito e atual vereador Werner Rempel, do PPL. Há poucos defensores, mas não pode ser descartada.

7) QUALQUER que seja a decisão dos pepistas, José Farret, se não for candidato a prefeito, deve liberar seus principais aliados mas ficará, ele próprio, FORA da campanha. Pelo menos no primeiro turno. No segundo, dependerá dos finalistas.

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Um Comentário

  1. Pela minha visão só tem um jeito de derruba o Valdeci, é uma aliança com Fabiano, pois o Jorge Pozzobom não esta nos planos dos eleitores, é muito afito tem que se preparar melhor.

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