GOVERNO DILMA. E assim, de repente, o PMDB perdeu quase 40% do que interessa, o troco para investir
É impossível afirmar (e quem fizer isso estará chutando), inclusive porque essas coisas demandam tempo para ser consolidadas no bestunto, se foi de caso pensado ou não. Mas o fato objetivo é que, na montagem do primeiro escalão do governo de Dilma Rousseff, o PMDB terá menos espaço político/econômico que o ostentado especialmente no segundo mandato de Lula.
Para começar, não terá, e esse é o exemplo mais gritante (embora não seja o único), o controle do ministério da Saúde, que tende a ser ocupado por um petista. É o segundo maior orçamento do governo, com R$ 12,8 bilhões apenas para despesas não obrigatórias com investimento e custeio. E nem se está falando aqui do prestígio político e relação mantida diretamente com os municípios.
Mas não é apenas ali que o peemedebismo – que, de outro lado, tem o vice-presidente da República – teria motivos para se queixar. Os detalhes de tudo isso você encontra em ampla reportagem publicada na versão online do jornal Folha de São Paulo. Confira:
“Com Dilma, PMDB perde 37% da verba para investir
Definidos ontem (quarta-feira) os ministros do PMDB no próximo governo, o partido do vice-presidente eleito, Michel Temer, perde força e dinheiro no futuro governo Dilma Rousseff.
Com os novos ministérios, o PMDB terá 37% a menos de recursos para aplicar em investimentos, embora quase triplique o orçamento total, que inclui despesas de caráter obrigatório, ou seja, com restrita margem de manobra por parte do ministro…
…Dilma oficializou os peemedebistas Wagner Rossi (Agricultura), Edison Lobão (Minas e Energia), Pedro Novais (Turismo), Garibaldi Alves (Previdência) e Moreira Franco (Secretaria de Assuntos Estratégicos).
No governo Lula, o PMDB controlou seis ministérios. Deles, três serão mantidos com Dilma: Agricultura, Minas e Energia e Defesa, sendo que o último passa a ser considerado da cota pessoal da presidente eleita.
Os outros três serão retirados do partido – Saúde, Integração Nacional e Comunicações. Em troca, o PMDB passa a controlar Previdência Social, Turismo e Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Entre as novas pastas, a da Previdência é dona do maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, mas isso não significa poder de fogo. Afinal, dos R$ 260 bilhões deste ano, cerca de 96% são despesas obrigatórias, como pagamento de aposentadorias e pensões. Apenas R$ 182 milhões são para investir…”
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Dilma faz o certo, tirando as raposas da guarda do galinheiro, mas quem acompanha a política nacional e conhece um pouco deste PMDB que apóia o PT (Sarney, Renan Calheiros, Temer, Geddel, Moreira Franco, etc…) sabe que este “esvaziamento” pode, no futuro, ter um custo muito alto.
Por menos que isto o PMDB virou as costas a Collor e ajudou a mandá-lo para a casa da dinda… e o vice nem era do PMDB (como agora será o conde Drácula… digo… Michel Temer).
O PT viverá tempos de grande emoção nestes próximos 4 anos…