Ajudem a desenterrar o sapo do Hospital Regional – por Luiz Roese
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Acho que estávamos no inverno de 2003. Para variar, os hospitais estavam lotados nessa época. Não cabia mais gente no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), desaguadouro de muitos pacientes além do município e da região. Foi, então, que o secretário estadual de Saúde da época, Osmar Terra, surgiu com a ideia do Hospital Regional, em uma de suas visitas a Santa Maria. Lembro até hoje do colega repórter do Diário de Santa Maria, Tiago Machado, voltar para a redação contando isso.
Também lembro que, em 2004, disseram que foi assinado um convênio entre a Rede Sarah, de Brasília, e a Secretaria Estadual de Saúde. Nunca ficou bem clara essa relação. Mas ficou subentendido que a unidade de Santa Maria iria atender também pacientes com necessidade de reabilitação motora. Nunca ouvi uma palavra sequer da Rede Sarah sobre o assunto.
Depois, diante da pressão da imprensa, o papo mudou. O atendimento no Regional seria somente “aos moldes” da rede de Brasília, para pessoas com deficiência, com suporte às necessidades de reabilitação física. Hoje ainda há tantos entraves para a abertura do hospital que quase não se fala mais nesse aspecto.
Mais adiante, foi uma enrolação até definir o local. O então deputado federal Cezar Schirmer interviu, até que se bateu o martelo em 2007: o hospital seria no Parque Pinheiro Machado, em um terreno de 6,4 hectares, cedido pela família do veterinário José Antônio Barão Schons.
Finalmente, em março de 2010, começaram as obras, com direito à presença da então governadora Yeda Crusius na assinatura da ordem de início. Ufa, saiu do papel. A placa colocada na obra não me deixa mentir: a previsão de término era setembro de 2011. Repetindo: setembro de 2011.
Mas chegamos em março de 2016 com prédios prontos e sem equipamento algum dentro. Não sabemos sequer quem vai administrar o complexo. Enquanto isso, quem precisa de saúde pública espera, como sempre. Será que alguém pode ajudar a desenterrar o sapo do Hospital Regional?
A ideia nasceu em 2003, A construção começou em 2010. Quanto tempo mais teremos que esperar para ver o primeiro atendimento?
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto que você vê aqui também é de Luiz Roese.
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