Papagaio de pirata complica a vida de fotógrafos e cinegrafistas

Cinegrafista e fotógrafo sofrem, ah, sofrem. Primeiro, têm uma rotina estafante. Depois, precisam correr atrás de autoridade. Não podem perder um único lance, sob pena de serem cobrados pelos editores, que querem (tanto quanto os homens da tele, aliás)a melhor imagem, se possível exclusiva.

Agora, essa dificuldade aumenta em muito, mas em muito mesmo, quando a personagem principal, no caso desta segunda-feira o governador Germano Rigotto, tem sempre um papagaio de pirata atrás de si. Pobres profissionais, que se obrigam a verdadeiros malabarismos para evitar aquele que, convenhamos, nada tem a ver com a foto (ou a imagem).

Pois o papagaio de pirata do dia foi(como já fora na semana passada, quando aqui esteve o senador Pedro Simon, tchan-tchan-tchan-tchan, ele, sua excelência, o candidato a deputado estadual Alamir Tubias Calil.

Geeeente! O homem está em todas. Será que não se deu conta que foi, antes de tudo, um inconveniente (respeitosamente falando) para com aqueles que não queriam nada com ele, mas sim com o governador? Será que acha que foi simpática sua atitude? Não, não foi, caro vereador.

CONSELHO CLAUDEMIRIANO: ele não ouve ninguém, exceto, quem sabe, o seu padrinho político, deputado Cézar Schirmer. Em todo caso, esse jornalista corre o risco: cuidado, vereador, cuidado. Daqui um pouco, o senhor será notícia. E ninguém vai acreditar. Nem fotografar. É um dos (não o único, talvez nem o mais importante, mas real) riscos que se corre quando se pretende aparecer além da conta. É como aquela história, sem nenhuma relação com Tubias, mas vale pela analogia: o sugeito mente tanto, tanto, taaaanto, que quando fala a verdade, ninguém acredita.
Se sabe que se conselho fosse bom, seria vendido. Em todo caso, está feito. Que o parlamentar, que quer subir na vida política, se dê conta disso. Cresça, enfim. É o que todos desejamos. Ou não?

PS. Houve outro papagaio de pirata. Mas percebeu a tempo e se afastou das costas do governador e, por consequência, ficou fora do alcance das câmeras. Por isso, deixa de ser citado aqui. Mas, acredite, os fotógrafos e cinegrafistas já começam a vê-lo com mais cuidado.