O jogo é para 2010. Aécio e parte do PT de Minas criam fenda na rivalidade petista-tucana
Se alguém pensa que o objetivo é a eleição municipal de 2008 está muito enganado. Se bem que, quem lê este (nem tão) humilde sítio já sabe. Em todo caso, dê uma lida no que escreve Kennedy Alencar, da Folha de São Paulo, na coluna Brasília Online, que ele assina na versão do jornalão paulista para a grande rede. E reflita sobre a possibilidade (hehehehehe) de tal episódio se repetir, por exemplo, em Santa Maria. A seguir:
Aécio cria em BH embrião de aliança para disputar Planalto
O governador de São Paulo, José Serra, é o favorito nas pesquisas sobre a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acontecerá em outubro de 2010. Esse é o maior trunfo do tucano paulista.
Mas o governador de Minas, o tucano Aécio Neves, conseguiu uma façanha política que lhe dá um trunfo de peso para a corrida pelo Palácio do Planalto. Na articulação política, Aécio hoje tem franca vantagem em relação a Serra, que sofre com uma crise política na tradicional PSDB-DEM em São Paulo.
Alternando-se no poder federal desde 1994, PT e PSDB vivem às turras no cenário nacional. A principal jogada de Aécio foi demonstrar que essa guerra pode ser superada. E fechou com o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, uma aliança para apoiar Márcio Lacerda (PSB) na eleição municipal de outubro.
Houve reações contrárias no PT, partindo principalmente de dois ministros: Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Luiz Dulci (Secretaria Geral). Derrotados na tentativa de minar a aliança, Patrus e Dulci tentaram patrocinar a mudança do candidato do PSB. Foram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não comprou a tese, apesar de versões terem sido vendidas para a impressa nesse sentido.
Em reunião no Palácio do Planalto, Lula cobrou de Pimentel gestos políticos para dar “conforto” a aliados federais que ficaram fora do acerto mineiro: o vice-presidente José Alencar, do PRB, e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, do PMDB.
Aécio entrou em campo na hora. Alencar será o convidado de honra do 21 de Abril em Minas. E Hélio Costa já conversou com o governador a respeito da importância da união de políticos mineiros. No futuro, se a operação der certo, Costa será um dos homens fortes de uma eventual Presidência de Aécio.
Resultado: Patrus e Dulci ficaram isolados. A aliança para tentar eleger Márcio Lacerda deverá contar com PSB, PT, PSDB, PMDB e PRB, entre outras siglas. Aécio tem interesse em se viabilizar como candidato a presidente desse arco de forças daqui a dois anos.
Mas o PT apoiará um tucano em 2010? De jeito nenhum. O mais provável é que o partido lance um candidato no primeiro turno. Até agora, não há um nome forte do petismo para concorrer. Por isso, Aécio quer deixar aberta a possibilidade de um entendimento para a segunda etapa.
O Plano A do mineiro é ser candidato pelo PSDB, mas ele ainda não descartou um Plano B, que seria a migração para outro partido antes da eleição. Numa outra legenda, seria mais fácil ainda um eventual entendimento se Aécio fosse ao segundo turno de 2010.
Para vitaminar os planos do tucano mineiro, outro fator importante é a boa relação com Ciro Gomes, presidenciável do PSB e hoje o nome do campo lulista mais forte nas pesquisas. Ciro, porém, não descarta ser vice de…
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui o artigo Aécio cria em BH embrião de aliança para disputar Planalto, de Kennedy Alencar, na Folha Online.
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