Que vergonha! Senado brinca de trabalhar. E dizem que “Elle” é o culpado. Tudo conversa fiada

O “que vergonha!”, que abre o título desta nota, faz sentido, por mais que não gostemos. Afinal, a vergonha é nossa mesmo. Ou os senadores estão em Brasília por obra do Espírito Santo? Na-na-ni-na-não! Fomos nóóóós que os colocamos lá. Assim como fizemos com todos os eleitos em qualquer nível.

Assim, por exemplo, agora o Senado, que elegeu José Sarney e demais integrantes da Mesa Diretora, não consegue, em um mês (repito, um mês) eleger os presidentes das comissões permanentes? Que coisa! Por mais enroscado que seja, já deveriam ter feito isso. E essa história de promessa para Fernando Collor (foto), aquelle, bem, é só história. Os interesses, como diria o Dr Leonel, são beeeem outros.

Ah, sobre essa trapalhada toda, que deveria nos deixar ruborizados (já que eles não têm remédio, mesmo), leia a reportagem de Rosa Costa, publicada na versão online d’O Estado de São Paulo. A foto é de José Cruz, da Agência Brasil. Acompanhe:

“Impasse na disputa das comissões paralisa atividades do Senado

Líderes se recusam a iniciar as atividades da Casa antes de concluído o loteamento das comissões

O impasse provocado pela vontade do ex-presidente da República e senador Fernando Collor (foto) (PTB-AL) de presidir uma das 11 comissões técnicas do Senado continua paralisando as atividades do Senado. É que os líderes se recusam a iniciar as atividades da Casa antes de concluído o loteamento das comissões. Já o PTB insiste para que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), cumpram o compromisso de ceder uma comissão a Collor. O senador alagoano queria a presidência da Comissão de Relações Exteriores (CRE), mas foi obrigado a desistir, quando confrontado com a decisão do PSDB em não abrir mão do cargo.

Encarregado de mediar a questão, o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), acredita que na próxima terça-feira os líderes chegarão a um acordo. “Quem tem prazo, não tem pressa, estamos trabalhando para chegar a um entendimento”, afirma. Jucá diz que atua para impedir que o “confronto” deixe reflexos negativos, “deixe cicatrizes” na base do governo. Ou seja, que o PTB possa retaliar o Planalto, desviando os sete votos da bancada para a oposição. Não fosse isso, o partido teria de se conformar com a última escolha, com o que restasse das presidências de comissões.

A disputa ocorre agora com o PT. O partido do presidente Lula está sendo pressionado a dar a Collor a presidência da Comissão de Infraestrutura, inicialmente prevista para a ex-líder do bloco de apoio do governo, Ideli Salvatti (SC). A comissão cresceu de importância porque é lá que serão examinadas as propostas relacionadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os petistas resistem, mas…”

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SUGESTÃO DE LEITURA – confira a reportagem “Senado elege presidentes de Comissões e examina MP para contornar crise financeira no próximo dia 3”, de Helena Daltro Pontual, da Agência Senado.