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UFSM. Com apoio público e privado, pesquisadores desenvolvem um motor automotivo a hidrogênio

Projeto é do Grupo de Pesquisa em Motores, Combustíveis e Emissões (GPMot)

Computadores recebem os dados obtidos pelos sensores instalados no motor de testes do projeto do GPMot da UFSM (Foto Lucas Casali)

Por Lucas Casali / Da Agência de Notícias da UFSM

A crescente preocupação com o meio ambiente tem levado governos, órgãos multilaterais e multinacionais a planejar uma revolução na economia mundial, na qual os combustíveis fósseis seriam progressivamente eliminados das cadeias mundiais de consumo. Nessa perspectiva, os veículos movidos a petróleo estariam com os dias contados, enquanto que o carro elétrico é o veículo no qual os ambientalistas depositam as esperanças de um mundo com menos poluição.

Porém, desde meados de 2020, a indústria automotiva voltou a apostar em pesquisas com um outro combustível ecologicamente correto. Trata-se do elemento químico mais abundante no universo: o hidrogênio. Na UFSM, um projeto realizado com recursos do Programa Rota 2030 está pesquisando como tirar maior vantagem dessa tecnologia e, principalmente, como resolver os problemas que um motor de combustão interna apresenta quando movido a hidrogênio.

Esse projeto intitula-se “Desenvolvimento de motor automotivo movido a biohidrogênio para o mercado brasileiro”. É realizado pelo Grupo de Pesquisa em Motores, Combustíveis e Emissões (GPMot) da UFSM, contando com a coordenação da professora Nina Paula Gonçalves Salau, do Departamento de Engenharia Química, e com o professor Thompson Diórdinis Metzka Lanzanova, do Departamento de Engenharia Mecânica, como coordenador associado. O projeto ganhou financiamento de aproximadamente R$ 1 milhão do Programa Rota 2030, após ser aprovado em chamada pública lançada pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) – fundação de apoio vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais. Para a administração dos recursos, o projeto tem também parceria com a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs).

Sucessor do Inovar-Auto, encerrado em 2017, o Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística é uma iniciativa do Governo Federal que tem como objetivo “apoiar o desenvolvimento tecnológico, a competitividade, a inovação, a segurança veicular, a proteção ao meio ambiente, a eficiência energética e a qualidade de automóveis, de caminhões, de ônibus, de chassis com motor e de autopeças”, de acordo com o artigo 7º da Lei 13.755/2018, que instituiu o programa. Entre outras vantagens, o programa concede benefício tributário a empresas do setor automotivo (montadoras, importadores de veículos e fabricantes de autopeças) que realizarem investimento em pesquisa e desenvolvimento no país.

Dessa forma, o programa proporciona que universidades e outros institutos de pesquisa nacionais concorram a financiamento para realizar pesquisas em conjunto com gigantes mundiais do setor automotivo. No projeto em questão, a pesquisa na UFSM conta com o apoio da Marelli (fabricante de autopeças que resultou da fusão da empresa italiana Magneti Marelli com a japonesa Calsonic Kansei) e da TCA/Horiba (subsidiária de sistemas de testes automotivos da Horiba, fabricante japonesa de instrumentos de precisão para medição e análise).

Biohidrogênio – Apesar de o hidrogênio ser um elemento tão abundante, é necessário que a sua forma molecular (H2) – ou seja, quando não participa de outros compostos químicos – seja obtida por meios sintéticos quando a sua finalidade é o uso industrial ou laboratorial. As dificuldades de produção, armazenamento e distribuição do hidrogênio estão, aliás, entre os maiores obstáculos para a viabilidade de um sistema de transporte de larga escala movido a hidrogênio. Atualmente, estima-se que cerca de três quartos do hidrogênio sintético produzido no mundo todo seja oriundo das indústrias de amônia e metanol e de refinarias de petróleo, a partir de um processo conhecido como reforma a vapor. Nesse processo, o hidrogênio é obtido por meio da reação do metano (contido no gás natural) com a água em alta pressão e temperatura.

Esse hidrogênio produzido através da queima de combustíveis fósseis, com a liberação simultânea de grandes quantidades de monóxido (CO) e dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, foi apelidado de “hidrogênio cinza”. Do ponto de vista ambiental, existem ainda diversas classificações do hidrogênio sintético, das quais o hidrogênio “azul” e o “verde” são as mais representativas. O primeiro também é obtido pela queima de combustíveis fósseis, com a diferença de que o carbono emitido no processo é capturado e armazenado. O segundo é o hidrogênio produzido em cadeias de abastecimento de baixo carbono, a partir de energias renováveis (como energia eólica, solar e biomassa), em processos como a eletrólise da água e a separação termoquímica. O “hidrogênio verde” também é conhecido como “biohidrogênio”…

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Um Comentário

  1. Prova que não tem só pesquisa empulhação na UFSM, tem gente seria que fica em segundo plano. Não é da patotinha ou esta muito ocupada trabalhando para ficar defendendo ideologias. Resumo: pessoas que valem o salario que recebem.

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