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O Vale do Silício brasileiro – por Luciana Manica

Estamos vivendo uma crise que afeta todos os setores (político, econômico, social, institucional, segurança pública, …), mas não podemos esquecer que somos criativos, inventivos e impetuosos. Brasileiros podem ser vistos como responsáveis pela concretização do Facebook, Instagram, T50 (software dedicado à segurança em tráfego de dados), Livox (aplicativo que expressa emoções de pessoas com deficiência).

Enquanto nós somos privilegiados pela criatividade, os investidores estão por todas as partes. Mas o que faz a terra do Tio Sam ser mais vantajosa para a proliferação de startups (empresas voltadas à inovação)? Infelizmente temos uma alta carga burocrática para se abrir uma empresa e para se aplicar investimentos no Brasil. Não é apenas a crise a culpada por esse retrocesso!

Por isso que o Vale do Silício, região do Estado da Califórnia (EUA), torna-se mais atrativo e próspero ao desenvolvimento de startups. No palavreado atual desse povo com cabeça altamente pensante, lá tem o ecossistema propício! E não é que inúmeros empresários brasileiros estão apostando suas “Dilmas” em doletas? Outra facilitação ofertada pelos EUA é a permissão para residência. Basta investir uns 500 000 dólares por lá que fica tudo regularizado. Fácil, não? (De pronto, só nos faltam os “millones”).

Claro que o Brasil também já foi tido como território promissor, faz parte do mercado, já tivemos nossos anos de glória (oremos para que voltem, mas organizar a casa toda demora). Nesse período de good vibes brasileiras fomos agraciados por desenvolvimento de Vales do Silício na nossa terrinha, como parques tecnológicos de Recife (Porto Digital), do Rio de Janeiro e Porto Alegre (Tecnopuc), ainda no RS temos a Ulbratech, Tecnosinos e em Floripa (Sapiens Parque). Nossa cidade também foi brindada pelo Santa Maria Tecnoparque.

Certamente, criatividade temos de sobra! Falta sensibilidade das instituições para desenvolver mecanismos que incentivem empresários, sejam investidores ou os próprios aventureiros inventivos a apostarem nesse nicho, que têm despontado pelo uso de alta tecnologia visando à satisfação de necessidades a baixo custo de implantação.

Em Santa Maria já são três Arranjos Produtivos Locais (APLs) em andamento: APL de Tecnologia da Informação (CentroSoftware); APL de Metal-Mecânica (MetalCentro) e APL de Defesa. Outra novidade do Santa Maria Tecnoparque é a oferta de espaço de coworking (local de trabalho coletivo, reduzindo custos para empresas que lá venham a se instalar), sem falar na total assessoria e parcerias que a associação tem ofertado a seus membros.

Ou seja, nem tudo está perdido por aqui, além dos diversos Vales do Silício espalhados, enquanto o ecossistema brasileiro não está agradando a todos, a BayBrazil – organização sem fins lucrativos – auxilia  conterrâneos (investidores/inventores) conectando-os à terra do Tio Sam. Seja aqui ou acolá, não há porque você deixar de participar. Aposte na inovação!

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