Obrigado, Santa Maria! – por Luiz Roese
Antes de tudo, um preâmbulo. Estou fora de Santa Maria desde janeiro de 2014. Em 2015, só estive na cidade uma vez, em junho. Agora, em abril de 2016, passei uma semana em Santa Maria, de onde estou escrevendo este texto.
Passo, atualmente, por alguns problemas de saúde de difícil diagnóstico. Por não conseguir andar direito, não saio muito de casa, em Porto Alegre. Em Santa Maria, não. Desde que cheguei, quase não parei. Foram inúmeros convites pra um monte de coisas.
Acima dos eventos, estão as pessoas. Nossa, quanto carinho e amor recebi na minha estada. Por um momento, até esqueci que estou doente. Por isso, só tenho a agradecer a quem me convidou para algum evento ou a quem, simplesmente, encontrou comigo por acaso na rua. Volto renovado para a Capital. E com bons projetos que nasceram no Coração do Rio Grande.
Senti-me realmente muito amado. Quase não volto mais para Porto Alegre. Por isso, muito obrigado, Santa Maria. Foi o melhor tratamento de saúde dos últimos meses.
Como visitante, deixo duas observações. A primeira é o número de buracos nas ruas. Está demais! Eu sei que Santa Maria foi construída em cima de sangas. E isso é um fator complicador. Mas algo precisa ser feito.
A outra observação é bem particular, de alguém que caminha de bengala: há muitas calçadas irregulares, o que torna mais difícil a vida de quem tem dificuldades de locomoção. Em especial, me chamou a atenção o Calçadão, cheio de buracos e lajes soltas.
Outra observação que deixo tem relação com a tragédia da Kiss. Mais de três anos depois, parece que não morreram 242 pessoas. Estão tentando até “jeitinho” para liberar estádios de futebol. Não podemos perder de vista a tragédia que aconteceu. E essa é a luta dos familiares das vítimas, que buscam Justiça, sim, mas que também brigam para que todos tenham segurança para se divertir. Por isso, não podem ser vistos como leprosos. Não deixe de apoiar essa luta. Toda quarta-feira, pais estão presentes na Tenda da Vigília, na Praça Saldanha Marinho. Passe lá e dê um abraço sincero.
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