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Redes Sociais ou de Arrasto – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira

Nunca vi tanta diversidade como nas páginas de redes sociais. Desde os primórdios do tal do Orkut, a natureza idiossincrática dos seus usuários era visível. Porém, mesmo que sejamos tão diferentes uns dos outros, temos uma necessidade nata de criarmos nossa comunidade, de nos agruparmos e para tanto procuramos similaridades dentro de nossas esquisitices e preferências.

Podemos ter vários motivos para formarmos um grupo e manter a união, pois temos muitas coisas em comum uns com os outros: todos nascemos humanos, todos precisamos comer, beber e respirar, todos nós sofremos por algum motivo e todos temos alguma espécie de alegria por algum tempo, e além disso todos nós morreremos…

Lembro que na antiga rede social virtual citada anteriormente, existiam as aglomerações para troca de ideias. Eram comunidades do tipo: Eu amo a minha mãe; Sou o irmão do meio; Perguntas sem Respostas; Odeio filme dublado. Existiam várias ofertas e uma quantidade inimaginável de nomes e de sugestões, mas se por acaso alguém não encontrasse o que procurava, bastava criar algo bem pessoal, que logo outras pessoas se identificariam e fariam parte de sua comunidade virtual imaginária.

aliceHoje, a rede virtual mais popular mudou de endereço e aparência, e até mesmo não é uma unanimidade. Não podemos negar que ela evoluiu. Juntaram-se, até mesmo, uma vasta forma de redes sociais em um bloco. Para começar podemos vincular a página do Facebook com o Instagram. Podemos, com um mesmo perfil, acessar o Google+, Gmail, Youtube, Picasa e Blogger. O mesmo acontece com o Hotmail, MSN, Skype, Live e muitos outros…

Mas, ao mesmo tempo que todas estas ferramentas nos apresentem a oportunidade de uma maior aproximação mundial, vemos o afastamento humano. É notável como aos poucos aquilo que poderia nos unir e criar uma sociedade mais coesa tornou-se um palanque da defesa da intolerância. Somos separados e não mais unidos pelas nossas preferências, somos excluídos por características físicas, execrados por causa do nosso modo de pensar, vestir ou falar.

Todos defendem o modo livre de pensar, porém, a grande maioria odeia o pensamento contrário ou diferente do seu. Somos humanos que exercitam o racismo contra a raça humana. Somos carnívoros que devoram pensamentos vegetarianos. Vegetarianos, veganos e defensores dos animais que condenam seus semelhantes animais por sua escolha de alimento. A turma do ‘Deixa Disso’ parte para guerra contra a do ‘Atiço’ sem pensar muito.

Por estes motivos, sugiro que troquemos o nome das redes sociais para um que se pareça mais com o que é, uma rede de arrasto que une toda a diversidade marinha e a conduz para a morte em comum. Vamos organizar melhor esta rede por criar mecanismos de autodefesa a nossa espécie, aos moldes de um zoológico social, sendo que cada um de nós nos isolemos com o que aceitamos, no momento, ser o nosso grupo e que existam grades virtuais para impedir o avanço da agressividade e violência contra os diferentes…

Mas, lembremos, somos humanos, mesmo sendo altos ou baixos, negros, e brancos, e amarelos, gordos ou magros, pobres e ricos. Somos humanos mesmo quando alguns não comportam-se como tais. Somos humanos quando nos apaixonamos e mostramos a nossa humanidade simplesmente quando amamos, NOS AMAMOS!

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