SAÚDE. Santa Maria tem segundo menor índice de mortalidade infantil entre as maiores comunas do RS

Por FABRÍCIO MINUSSI (texto) e JOÃO ALVES (foto), da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal (*)

Santa Maria registra a segunda menor taxa de mortalidade infantil entre os municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes. No final da manhã desta quarta-feira (6), durante ato realizado no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou os índices de mortalidade infantil no Rio Grande do Sul (RS) em 2015. A solenidade contou com a presença do secretário  da SES, João Gabbardo dos Reis, e do governador José Ivo Sartori. Presente ao ato, o prefeito Cezar Schirmer falou em nome de todos os prefeitos do Rio Grande do Sul.

Em 2015, segundo dados divulgados pela SES, Santa Maria registrou 6,82 óbitos para cada mil nascidos vivos, ante o índice de 9,61 registrado em 2014. “Pelas estatísticas Santa Maria se iguala ao índice verificado nos Estados Unidos, que é o quarto país melhor no mundo no que se refere às estatísticas relacionadas à mortalidade infantil”, destacou Schirmer, ao cumprimentar a secretária de Município da Saúde, Vânia Olivo, que também se fez presente ao ato, acompanhada de Maria Lúcia Prestes e Vanessa Martins, responsáveis pelas políticas municipais da criança e da mulher, respectivamente. Santa Maria ficou atrás, apenas, de Santa Cruz do Sul, que registrou índice de 5,83. Em terceiro lugar ficou Gravataí, com índice de 6,92. A cidade de Guarani das Missões não registra casos de mortalidade infantil há oito anos.

Ao se pronunciar em nome de todos os prefeitos do Rio Grande do Sul, Schirmer citou as pessoas anônimas que trabalham para ajudar o Estado a atingir os indicadores positivos, sejam agentes de saúde, enfermeiros, técnicos ou médicos. “Superando todas as dificuldades existentes conseguimos fazer, com parceria efetiva e construção coletiva, os resultados positivos. Aqui se revela que com o pouco de cada um se constrói o muito de todos”, afirmou o prefeito.

Conforme a secretário João Gabbardo dos Reis, a grande ação responsável pela qualificação assistencial e decorrente redução da mortalidade infantil nas coordenadorias premiadas foi a desativação do parto em hospitais de pequeno porte. Essa ação, avalia Gabbardo, proporciona nascimentos seguros em estabelecimentos adequados e com profissionais capacitados.

“Há mais de 20 anos, o Rio Grande do Sul tem meta de alcançar as taxas de mortalidade infantil com apenas um dígito. Ainda não conseguimos, mas chegamos perto”, destacou. Gabbardo também frisou que desde 2003 o Estado vem reduzindo o coeficiente da mortalidade infantil, envolvendo ampliação do acesso aos serviços de saúde, implantação de equipes de saúde da família, qualificação da atenção ao pré-natal, ao parto e ao nascimento, regionalização do parto, organização e ampliação da rede de cuidados intensivos neonatais e pediátricos, acompanhamento do desenvolvimento infantil, dentre outras tantas iniciativas implementadas.

Em Santa Maria, destacou a secretária Vânia Olivo, a redução do índice de mortalidade infantil também se deve à reestruturação e incentivo às ações da atenção básica, que estão sendo planificadas. Trata-se da evolução do trabalho em conjunto que vem sendo realizado, culminando com a planificação da Atenção Primária em Saúde”, afirmou a secretária. No mesmo ato, as coordenadorias regionais de saúde que também obtiveram destaque na redução dos índices de mortalidade infantil em 2015 foram certificadas. Foi o caso da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de Santa Maria, que ficou em segundo lugar no RS. O delegado Moacir da Rosa Alves recebeu o certificado das autoridades.

Números de Santa Maria

2014

Nascimentos: 3.328

Mortes: 32

Taxa: 9,61

2015

Nascimentos: 3.604

Mortes: 25

Taxa: 6,93

Como se chega ao índice

A taxa ou Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) é definida pelo número de óbitos de crianças ocorridos antes de completar um ano de idade, para cada mil nascimentos, durante o período de um ano. As principais causas de óbito infantil estão relacionadas com a prematuridade, as infecções, as malformações congênitas e asfixia perinatal.

Meta pactuada superada

A redução do coeficiente de mortalidade infantil do estado superou inclusive a meta pactuada dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que pretendia alcançar um CMI de 15,7 em 2015, em nível nacional. Sartori falou que este é o resultado de uma construção histórica e que serve de exemplo para todos os municípios.

Agraciados

Os municípios de Gravataí, Santa Cruz do Sul, Canguçu, Farroupilha, Taquara, Guarani das Missões e Santa Maria, e as Coordenadorias Regionais de Saúde de Frederico Westphalen (6,38), Santa Maria (CMI 7,47) e Palmeira das Missões (7,48) foram os agraciados com os certificados de mérito.

Histórico

Na década de 1970, perdíamos 50 crianças a cada mil nascimentos. Nas décadas de 1980 e 1990, todos os esforços se concentraram na redução das doenças diarréicas e respiratórias, e o coeficiente foi reduzido para 16 óbitos.

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(*) Com a colaboração da Assessoria do Gabinete do Governador do Estado