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ARTIGO. Por Cezar Schirmer: ‘Da emancipação ao crescimento compartilhado, desafio da gestão pública’

prefeitura santa maria schirmerPor CEZAR SCHIRMER, Prefeito de Santa Maria 

Santa Maria comemora, nesta terça-feira (17), seu aniversário de 158 anos de emancipação política e administrativa. Emancipar-se, libertar-se, transformar-se, exprimem como sinônimo o ato ou a iniciativa dotada de um sentido fundador, de um espírito altruísta de independência, de coragem desafiadora e de generosa confiança no futuro. Em suma, o gesto político e administrativo define um marco de referência no percurso histórico da existência do município, olhando para trás, desde a Redução Jesuítica de São Cosme e São Damião, ao Acampamento Militar da Partida Portuguesa (que emprestou nome à famosa rua central da cidade), à Freguesia de Santa Maria da Boca do Monte, a elevação à categoria de Vila e, finalmente, a emancipação de Cruz Alta e Cachoeira do Sul em 1858.

A era épica dos trens, a Vila Belga, o numeroso e estratégico contingente militar, a valiosa arquitetura Art Déco, a façanha visionária que dotou a cidade com a primeira universidade pública no interior do Brasil fora de capitais, a especialização do conhecimento em diferentes áreas e a potência da espiritualidade ecumênica.

Acrescente-se a formação étnico-social dos processos de imigração de diferentes falares que aqui assentaram suas vidas e fizeram berço às gerações futuras. Alemães, árabes, russos-alemães, a Quarta Colônia de Imigração Italiana, mãos e mentes contributivas ao lugar tornado pátria, para com o suor do rosto ganhar o pão e erigir a fortaleza dos sonhos em meio as incertezas do tempo.

Hoje, Santa Maria é um município de imensas possibilidades com base na riqueza de seu inestimável capital humano. Santa Maria ganhou destaque nacional quando pesquisa do IPEA revelou que a cidade é a terceira exportadora de “cérebros” (diplomados de ensino superior), atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Levantamento da Revista Exame revelou que somos a 3ª melhor cidade do RS em termos de gestão pública e qualidade de vida e a 4ª melhor cidade do RS e a 62ª do Brasil para a abertura de novos negócios e investimentos.

Temos a 2ª menor taxa de mortalidade infantil entre os municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes, com isso a cidade se iguala ao índice verificado nos Estados Unidos, quarto país melhor colocado no mundo. Somos a 2ª cidade do RS que mais criou vagas para educação infantil em 2015, conforme o TCE.

Podemos, ainda, mostrar como característica de gestão de nosso governo o equilíbrio das contas públicas, com registro de bons resultados nas áreas da saúde, educação, habitação, saneamento, segurança, social e econômica, o que permitiu assegurar a reposição de 10,67% aos vencimentos dos servidores municipais.

Sabemos que as grandes transformações ocorrem de forma lenta e silenciosa ao longo de décadas, o que torna os desafios ainda mais árduos. Ou seja, colocamos em prática o pressuposto de que é importante pavimentar a estrada do desenvolvimento a partir das boas práticas da gestão pública para que haja sustentabilidade ao longo do tempo.

Nesse contexto, comemoramos a instalação da gigante alemã de blindados, KMW do Brasil, com um investimento de R$ 40 milhões; erguemos o Santa Maria Tecnoparque com R$ 7 milhões; municipalizamos e alocamos 30 empresas no Distrito Industrial; implantamos a  Lei de Inovação, a quarta lei em vigor no RS.

Reconhecemos, porém, os imensos desafios que estão postos a frente de uma relação Receita versus Despesa que não é compatível com o tamanho e com as exigências do nosso município, bem como com a transferência demasiada de responsabilidades de governos estadual e federal, sem a consequente cobertura de recursos públicos. No entanto, esse grau de dificuldade deve servir como combustível ao enfrentamento das adversidades de forma a superá-las e inscrever Santa Maria na senda do crescimento vistoso e compartilhado.

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OBSERVAÇÃO:  a foto que ilustra este artigo é de João Vilnei, da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal

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Um Comentário

  1. Estatísticas que dizem nada. Mais ou menos como “Brasil oitava economia do mundo”. Primeiro lugar na exportação de “cérebros”: São Paulo (30.849). Segundo: Rio de Janeiro (14.221). Terceiro: Santa Maria (3.068). Quarto: Belém do Pará (2.459). Logo, a fuga de capital humano (ou fuga de cérebros) é isto que estão vendendo? Quais os maiores receptores? Brasília, Floripa e BH.
    Santa Maria não deve acolher grandes indústrias, mundo está com excesso de capacidade instalada e existe um negócio chamado globalização. Pequenas índústrias terão dificuldade em crescer, tem gente que esquece que Caxias (como outras cidades) aproveitou o desenvolvimentismo dos militares lá na década de 70 e conseguiu muita grana barata com o BNDES.
    UFSM, de onde menos se espera, daí mesmo é que não sai nada. Orçamento prejudicado no horizonte. Pólo de defesa? Orçamento para o setor pouco acima da folha de pagamento por longo tempo.
    Está tudo ruim? Não, um exemplo óbvio é a UNIFRA. Existe planejamento e uma coordenação de esforços interno que não existe na federal por uma questão estrutural/ideológica e legal.
    E o que falta para a cidade conseguir mais renda? Afinal é disto que se trata, mais renda. Melhorar a qualidade de vida tem custo.
    Falta liderança. Faltam líderes. Quando o Dr. Mariano, com sua equipe, fundou a UFSM ele não sabia se a urbs tinha vocação (há quem perda tempo discutindo isto) para ser pólo educador. Assumiu riscos, afinal poderia dar em nada. Era outra época, a coordenação de esforços era mais fácil, mas as dificuldades eram bem maiores. É possível achar outros exemplos, Hospital de Caridade surgiu numa reunião no Caixeiral.
    Pouco provável acontecer alguma mudança. Se não muda nada e ninguém se manifesta é porque está bom para todo mundo.

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