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EXCLUSIVO. Santa Maria articula para conquistar a atenção de outra indústria bélica

COM CORREÇÃO (Às 2H20), A PARTIR DE COMENTÁRIO DO LEITOR LUIZ ALBERTO

Tem operações em mais de 40 países e parceria em número além da centena. Além da sede, na Grã-Bretanha, possui bases de negócios nos Estados Unidos, na Austrália, na Arábia Saudita e na Índia. Trata-se, aqui da Bae Systems, um gigante em seu setor e que acaba de fechar negócio com o Ministério da Defesa para a reparação e modernização dos M-113, um blindado usado pelo Exército Brasileiro. O contrato é de US$ 41 milhões.

Indústria britânica não tem sítio em português

Mas, e daí? Daí que as 4ª e 3ª Divisões de Exército (esta última com sede em Santa Maria) concentram boa (quem sabe até a maior) parte desses veículos. E as oficinas da Bae ficam em São Paulo. Aí são duas hipóteses, para que o serviço seja feito. Um deles é a transferência dos M-113 para o centro do País, com um custo provavelmente bem maior. Outra é a terceirização, pela indústria britânica, para a KMW, em fase de instalação na boca do monte. 

Tudo isso, creia, está sendo tratado nesse momento, segundo fonte bastante acreditada nas forças militares sediadas em Santa Maria. Mais: ainda que informalmente, já houve contato prévio, no final de 2011, no Rio de Janeiro, num encontro social do qual participaram o prefeito Cezar Schirmer e o ministro da Defesa, Celso Amorim.

O significado de tudo isso é óbvio. Um acordo que permita a realização dos serviços em Santa Maria, inevitavelmente aceleraria o processo de implantação da KMW, com os empregos especializados que ela geraria. Isso ou, por que não, a própria instalação de uma unidade da Bae Systems na boca do monte (o que seria uma terceira e mais remota hipótese – e se trata, reconheça-se, apenas especulação do editor), mesmo que coligada com a indústria de capital germânico.

Difícil? Claro que sim. Tanto que as partes envolvidas não divulgam nada, inclusive porque a conversa por enquanto não foi à mesa, por assim dizer. Mas a intenção, pelo menos da prefeitura de Santa Maria, já foi colocada. Resta esperar para ver no que vai dar.

EM TEMPO: a Bae Systems tem um endereço na internet brasileira, mas ele só contem os telefones e um conjunto de fotos que, quando clicadas, remetem para o sítio original, no Reino Unido. E você pode conferi-lo, na língua de Shakespeare, AQUI.

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Um Comentário

  1. Claudemir, apenas duas correções em tua informação: A KMW e a BAe Systems concorreram ambas para o projeto de reforma dos blindados M113 do Exército e dos Fuzileiros, cada qual com um projeto diferente. Porém a KMW fez isso em aliança com a FFG da Alemanha e a BAe sózinha, e os projetos eram bem diferentes (o escopo dos mesmos). Além disso a BAe não é americana como informas, mas sim britânica. É originária da união entre a Airbus e a British Aerospace (que por sua vez são originárias de um grande número de empresas mais antigas), e hoje engloba uma série de empresas na área de defesa. Por exemplo os caças Harrier de decolagem e pouso verticais, tão famosos, são produtos de uma antiga divisão da BAe, a Hawker Sidelley.Os aviões Avro, os famosos Gloster Meteor (o que está na Praça do avião em Canoas!) são exemplos de produtos de empresas que vieram a dar origem à divisão de produtos aéreos da BAe. Os canhões Bofors, também são produtos deles. Os assentos ejetáveis usados pela maioria dos aviões de caça de hoje são da Lockheed Martin, que junto com a Boeing Electronics Systems e várias outras vieram a formar a divisão de sistemas da BAe. E por fim a Marconi Marine, a British ShipBuilders e a BAe Defence são algumas das empresas que deram origem à divisão naval da BAe. A título de ilustração eles são concorrentes mas também parceiros, como na Austrália onde a KMW fez um acordo com a BAe para esta fornecer um sistema de air-bags incorporado ao cinto e ao uniforme das tripulações de veículos blindados sobre rodas.
    (NOTA DO SÍTIO – o editor fica bem faceiro com as correções feitas pelo leitor. Elas qualificam a notícia, oferecendo detalhes importantes, que contribuem efetivamente para a melhor informação – que, no principal, isto é, a briga de Santa Maria para tornar-se protagonista nesse processo, está no caminho certo. E MAIS: a origem da empresa – britânica, e não norte-americana – se deve à babada do editor, que merecerá o devido reparo, em atualização a ser feita em seguida)

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