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Ministério. Lula leva aliados ‘às cordas’. E pinça nomes que quer, que não façam ‘sombra’

Está chegando ao fim, ao que tudo indica, o processo de formação do ministério de Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo mandato. Dois meses e meio depois de iniciado o período que foi concedido pelos eleitores ao Presidente para comandar o Executivo.

 

A impressão generalizada, pelo menos entre a dita opinião publicada, é que Lula foi imprensado pelos partidos aliados. Pressionado de todas as formas, e acabou cedendo aqui e ali em função disso. No entanto, segundo se deprende do que escreve a cientista política Lucia Hippolito, a situação não é exatamente essa.

 

Aliás, é muito diferente dessa. Na verdade, quem dirigiu o processo foi o próprio Presidente. Que deixou tudo acontecer por vontade própria. E ainda “toureia” com seu próprio partido, inclusive “desidratando” a mais portentosa figura a ele oferecida como ministeriável, a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Será isso mesmo? Confira o artigo de Lucia, na página que o jornalista Ricardo Noblat mantém na internet. A seguir:

 

“O presidente arruma a casa

 

Reza a crônica política brasileira que, certo dia, o todo-poderoso senador gaúcho Pinheiro Machado, muito justamente chamado de condestável da República Velha, passava de carro pelo centro do Rio de Janeiro, a caminho do Senado, quando seu trajeto foi interrompido por uma manifestação popular contra o governo.

 

Pinheiro Machado ordena, então, ao motorista que avance pelo meio dos manifestantes, “não tão depressa que pareça fuga, nem tão devagar que pareça provocação”.

 

Assim caminha a organização do segundo mandato do presidente Lula. Não se pode nem chamar de reforma ministerial. Muito menos de dança das cadeiras. Um ou outro ministro sai, um ou outro ministro entra. Ah, sim, e um ou outro quadro técnico, que estava esquentando a cadeira para um político (ou uma política) terá seu nome confirmado. Pouco ou nenhum sangue novo. Nada que assuste, nada que impressione muito, nada que sacuda demais o barco.

 

O presidente levou os partidos aliados às cordas e vai pinçando os nomes que lhe interessam. Ninguém que lhe faça sombra, ninguém muito espaçoso. Esta lição Lula parece ter aprendido com o primeiro mandato. Importante, ali, só o presidente da República.

 

Quanto ao seu próprio partido, Lula vem “toureando” as pretensões petistas com muita competência, desidratando a ex-prefeita Marta Suplicy, que agora talvez venha a ocupar a desconfortável posição de quase ex-futura ministra. É triste.

 

A senadora Roseana Sarney experimentou este remédio amargo numa das tentativas anteriores de reforma ministerial. Uma daquelas que eram para durar dez dias, demoravam seis meses e, no final, o presidente trocava uma ou duas peças. Pronto. Estava feita a reforma. Mas o tempo provou que Lula estava certo. Prece não ter sobrado nenhum ressentimento, e Roseana Sarney aceitou alegremente o cargo de líder do governo no Congresso…”

 

SE DESEJAR ler a íntegra, clique aqui.

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