IMPRESSA. Na coluna desta quinta, a questão das greves (de sucesso improvável) dos servidores federais
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta quinta-feira, 23 de julho, no jornal A Razão:

Greves de sucesso muito improvável
Deixemos de lado o mérito. Isto é, se são ou não justas as reivindicações dos servidores federais, que aspiram a um reajuste, agora, na casa dos 27,3%. Nem conjecturemos sobre o percentual oferecido pelo governo: 21,3% – em quatro anos. É evidente que um acordo, para quem observa sem estar no calor do debate “patrão-empregado”, soa como no mínimo muito improvável.
Assim é que, para ficar nos casos santa-marienses, a tendência, salvo mudança hoje invisível, os movimentos paredistas dos técnico-administrativos da UFSM, que está chegando ao segundo mês, e dos previdenciários, à beira das duas semanas, têm chance escassa de sucesso.
Mas, e por quê? Por duas razões fundamentais. Uma é que o governo, apertado por suas contas, não quer pressionar custos (e, de novo, mérito a parte). E, segundo, porque as greves não causam prejuízo mais efetivo à população. Especialmente a da UFSM, que sequer impediu as aulas. Logo…
DISCURSO E A HORA…
Questionados sobre sua posição acerca de um cada vez mais provável projeto do Palácio Piratini aumentando impostos, os deputados com base em Santa Maria não titubeiam: dizem votar contra. Faz sentido: é o que diz seu eleitorado. Jorge Pozzobom pensará nisso, no momento de votar. Valdeci Oliveira não poderia pensar diferente.
…DO “VAMOS VER”
A questão é que, na hora de votar, outros fatores podem comprometer a posição dos deputados. Especialmente do tucano, que, afinal, faz parte do governo que vai propor o que, na campanha eleitoral, não cogitou. E daí, como é que vai ser? Haverá rompimento com o governo, para manter a posição? Meses animados vêm por aí.
EM PROSPECÇÃO
Ninguém presta muita atenção, num pleito em que a disputa para prefeito sempre ganha mais espaço. No entanto, os partidos avançam na procura de nomes capazes de, no mínimo, não fazer feio na eleição para vereadores. Inclusive porque uma bancada numericamente forte pode fazer diferença nos quatro anos seguintes – mesmo com derrota na majoritária.
PDT NA FRENTE
Dentre os partidos mais avançados na busca de nomes novos (ou antigos, com potencial) para a Câmara sobressai o PDT. Diferente de eleições passadas, a meta é no mínimo triplicar a bancada, hoje apenas com Marcelo Bisogno, que concorre a prefeito. Vai daí que há novidades a caminho. É o que se diz.
Tentativas de prejudicar as matrículas do SiSU Cachoeira e da Pós-graduação no DERCA foram risíveis na quarta passada… dos ditos 50 paredistas, não contei mais que 15 tumultuando os elevadores da reitoria estourando balõezinhos. Os outros devem estar protestando em Gramado ou Canela.
Governo federal anunciou um corte adicional de 8 bilhões no orçamento. Diminuiu a previsão de crescimento para 2016. Espera arrecadar mais uns trocados com leilões de portos e coisa e tal, ou seja, pode ser que entre uma graninha extra. Ou não. E ainda tem que renovar a DRU, vai ser bem animado sem dúvida.
Valdeci, o onipresente, se Tarso, o intelectual, tivesse sido reeleito poderia pensar diferente. Esquerda quando está no governo adora aumentar impostos.
Pergunta é: para que 39 ministério em Brasília e 20 secretarias em POA se não tem orçamento para gastar? Cabides. Políticos "melhorando" o currículo. Títulos de "nobreza" para as "otoridades".