ELEIÇÕES 2016. Dentre os protagonistas, as dúvidas se concentram, ainda, na composição dos governistas
A oposição, oposição meeeesmo, aparentemente, em Santa Maria, dentre os concorrentes potenciais à Prefeitura, é representada por apenas três dos cinco já pré-colocados. A saber: Alcir Martins, PSOL; Jorge Pozzobom, PSDB; e Valdeci Oliveira, do PT.
Todos os demais pré-candidatos colocados por suas agremiações são governistas ou têm um pé (ou os dois) no governismo. Ou, para amenizar, se colocam como independentes. Este último contigente, talvez, é representado apenas por Paulo Ceccim, do PR. Os demais são Fabiano Pereira (PSB), Marcelo Bisogno (PDT), Sérgio Cechin (PP) e Werner Rempel (PPL).
E por que o editor põe esse quarteto final nessa condição? Simples: com exceção de Rempel, todos os demais têm cargos no governo municipal, seja no primeiro ou no segundo ou terceiro escalões. E o pepelista acabou nessa situação, pela virtual aliança que está formando com o DEM, com DNA governista.
Diante desse quadro, há algumas certezas, dúvidas periféricas e uma grande incognita a ser resolvida. Confira, em tópicos, como está a situação, hoje.
1 – UMA CERTEZA absoluta é que o PT de Valdeci Oliveira se coligará com o PC do B. Provavelmente, o vice será mesmo petista. E o favorito, hoje, é Luiz Carlos Fort, presidente da Câmara, ainda que o partido discuta outras possibilidades capazes de agregar mais apoio à aliança.
2 – OUTRA CERTEZA absoluta é que o PDT terá chapa própria, já definida: Marcelo Bisogno na cabeça, com Ewerton Falk de vice. Também está consolidado o apoio do PROS. E por enquanto é só.
3 – UMA CERTEZA (quase) absoluta é a união do psolista Alcir Martins com o PCB e o PSTU, que poderiam indicar o vice. Com a esquerda-esquerda, porém, é melhor esperar até o fim do prazo. Há quatro anos isso também parecia certo e, de repente, houve uma cisão.
4 – SE SABE, COM boa dose de convicção, que o PTB se unirá ao PMDB e a quem esse se coligar. Inclusive porque tem dois secretários municipais. Também é possível afirmar que Werner Rempel liderará a coligação de seu partido, o PPL, com o DEM – que indicará o candidato a vice. Este não será o vereador Manoel Badke, que concorre à reeleição.
5 – A PARTIR DAÍ começam as dúvidas. Embora se afirme com convicção que o PP não aceitará aliar-se com o PSB e tem dificuldade para compor com o PMDB, há quem afirme ser possível que o partido abra mão da cabeça da chapa, hoje definida com Sérgio Cechin. Para quem? Não para Fabiano Pereira. Mas…
6 – A SITUAÇÃO do PSDB também está encasquetada. Até mesmo boatos girando em torno da possibilidade de Jorge Pozzobom não concorrer surgem, diante do fato de os tucanos estarem negociando com muitos, mas sem definição. Atenção: por mais que se discurse, a possibilidade de Pozzobom deixar a disputa, hoje, é zero. Hoje. O que se está a ver é com quem irá aliar-se. Se aliar-se. E só. O PSD de Marion Mortari (sonho de consume de outros pré-candidatos também) é um possível coligado. Possível, não certo. E os tucanos também gostariam de contar com o apoio do PR de Paulo Ceccim e Anita Costa Beber. Isso é muito improvável, mas o PSDB sonha – assim como outras agremiações governistas.
7 – O MAIOR DOS enroscos, hoje, a grande incognita, parece ser o que fará o PMDB. São, porém, duas as opções visíveis (e tratarei delas com mais vagar na coluna desta segunda, no jornal A Razão). Uma é a candidatura própria. Militantes se empolgaram com a possibilidade, na reunião do Diretório, semana passada. Mas a possibilidade de ser vice de Fabiano Pereira parece ser a mais concreta. Inclusive pelo apoio das principais lideranças, a começar por Cezar Schirmer. O que pode (embora seja de duvidoso sucesso) levar a um nome próprio é a questão dos candidatos à Câmara, que são os maiores interessados em ver o “15”, número do PMDB, predominando na chapa.
8 – QUEM ESTÁ observando (e agindo também, claro) tudo muito de perto é Fabiano Pereira. Sua candidatura, pelo PSB, será tão ou mais competitiva, se tiver ou não o apoio do PMDB e (o que é cada vez mais difícil) do PP. Se não concretizar isso, será chancelado apenas por partidos periféricos, a começar pelo Rede, que tem um grande nome, Jorge Trindade, e nada mais. Talvez seja pouco. Talvez.
9 – SE OLHAR-SE para trás, se verá que há muito mais coisa definida do que não. E a tendência é que em seguida mais se acertará, inclusive por conta de algumas datas cabalísticas. A primeira delas é 2 de junho, prazo máximo para desincompatibilização de secretários que pretendam concorrer a prefeito ou vice. E há dois nomes, pelo menos, nessa condição: Tubias Calil e Silvana Guerino, ambos do PMDB.
Marion Mortari não é aquele ex-vereador que desejava emancipar os Pains para virar prefeito do futuro município?
Todo o resto é mais do mesmo.
Só vejo uma possibilidade:
Uma grande disputa.
Que bom, Santa Maria merece um governo rejuvenecido e capacitado com projetos a altura de uma grande cidade.