CNH. Ex-assessor do Denatran lucra com simuladores de direção que serão adquiridos pelos CFC's no país
POR MAIQUEL ROSAURO
Poucas empresas no Brasil devem ter um lucro tão bom este ano (e nos próximos) quanto aquelas que produzem os simuladores de direção. Os Centros de Formação de Condutores (CFC’s) são obrigados a oferecer o equipamento aos seus alunos que pretendem tirar a carteira de habilitação (CNH). Há apenas quatro fabricantes homologadas que irão dividir o mercado.
Cada máquina custa, em média R$ 40 mil. Caso cada uma das 11,5 mil escolas compre o simulador (é permitido compartilhar o equipamento), a receita gerada para os fabricantes será de R$ 480 milhões. Cada autoescola que adquirir o equipamento terá um custo fixo mensal de cerca de R$ 1,5 mil pago às fabricantes, o que vai gerar a receita de R$ 200 milhões por ano aos fornecedores.
Uma das empresas, segundo a Folha de S. Paulo, tem como sócio um ex-assessor do Denatran, que já foi acusado de lobista, com atuação no departamento à época dos debates quanto ao uso do equipamento. Leia na matéria abaixo:
Ex-assessor federal lucra com simuladores para motoristas
Uma das quatro empresas que irão dividir o mercado milionário de simuladores de direção para a formação dos motoristas brasileiros tem como sócio um ex-assessor do Dentran (Departamento Nacional de Trânsito) que trabalhou no órgão quando essa exigência já era discutida.
Ligada ao Ministério das Cidades, o Denatran é responsável pela homologação das fabricantes desse item que se tornou obrigatório a partir deste ano para treinar os interessados em tirar a CNH (carteira de habilitação).
Uma das homologadas é a mineira Real Simuladores, criada em 2006 e que desde o início de 2013 tem como sócio Gil Pierre Herck, ex-assessor especial do Denatran.
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